Representantes do magistério estadual participaram da sessão interiorizada da Câmara de Vereadores nesta segunda-feira, 25. A professora e representante do núcleo regional do Cpers, Marione Drebel, utilizou a tribuna livre do Parlamento, para relatar o movimento de greve, e debater a situação atual da categoria.
Os professores paralisaram as atividades desde a última quarta-feira, 20, em três educandários de Venâncio Aires. O Cpers Sindicato relata que metade das escolas gaúchas teve as atividades afetadas pelo movimento grevista. Levantamento da entidade junto a 37 dos 42 núcleos do sindicato mostra que pelo menos 601 instituições de ensino já aderiram totalmente à mobilização e 575, parcialmente. O sindicato estima que a mobilização deva crescer nos próximos dias.
“Pedimos o apoio para as comunidades entenderem o porquê os professores estão na luta. Apoio dos vereadores na luta dos professores é fundamental, porque este é um movimento em defesa da educação gaúcha. A comunidade precisa ter a clareza de que os educadores estão lutando pela escola pública, gratuita e de qualidade,” destaca Marione.
Alguns vereadores lembraram da importância do professor para o desenvolvimento do país. Uma moção foi aprovada na última semana, de autoria de Helena da Rosa (MDB), solicitando a retirada de pauta do pacote de ações do governo que retira direitos dos professores.
Nesta terça-feira, 26, representantes do magistério estadual de Venâncio Aires participaram da assembleia convocada pela entidade de classe, em Porto Alegre. Na pauta estiveram as ações para continuar o movimento grevista e as negociações com o Estado. Alguns pedidos da categoria são o pagamento em dia e de forma integral, os reajustes salariais e realização de concursos públicos para professores e funcionários das escolas. O grupo também é contra o pacote do Executivo que prevê, por exemplo, alterações nas carreiras dos servidores.