A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta terça-feira, 18, a realização de duas audiências públicas para discutir a regulamentação dos cigarros eletrônicos e vaporizadores de tabaco. O assunto foi um dos itens da reunião da Diretoria Colegiada, em Brasília. A realização dos debates públicos foi aprovado de forma unânime pelos diretores do órgão de saúde. A primeira audiência será realizada no dia 08 de agosto, na Capital Federal, em local a ser definido.
Já um segundo encontro aberto será realizado no Rio de Janeiro, após solicitação de entidades e ONGs antitabagistas que participaram da reunião na sede da entidade. O encontro deve ocorrer no auditório da Secretaria Estadual de Saúde do RJ, em data a ser confirmada.
Atualmente a fabricação e venda são proibidas no Brasil. Países como China, Estados Unidos, Reino Unido e Japão já liberaram os novos produtos que somam 55 milhões de usuários de no mundo. O principal mercado é o americano. Os produtos a base de tabaco aquecido estão presentes em 40 países e a projeção é de encerrar 2020 com 20 milhões de consumidores.
No ano passado, a Anvisa discutiu, durante seminário, a regulação e venda dos dispositivos eletrônicos para fumar. Os debates reuniram representantes da agência, Organização Mundial da Saúde (OMS), ONGs antitabagistas e membros das empresas Souza Cruz, Philip Morris e JTI. O objetivo inicial foi abrir os debates sobre a possibilidade de venda dos chamadas cigarros eletrônicos no Brasil, já que estão proibidos desde 2009, por meio de resolução da Anvisa.