Governo Federal quer ampliar produção de orgânicos

Olá Jornal
junho04/ 2019

A procura por produtos orgânicos no município está crescendo, cenário que se repete em âmbito nacional. Porém, a certificação de que verduras, frutas e proteínas livres de agrotóxicos, geram aos produtores rurais despesas extras e dificuldades para obtenção de selo de qualidade. Mas este cenário deve mudar. Há sinalizações do Governo Federal de modificar as formas de certificação, com a criação ou adoção de novos métodos.

Em Venâncio Aires atualmente cinco agricultores produzem alimentos orgânicos e são acompanhados pelo Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA). Entretanto, segundo o escritório local da Emater/Ascar, outros 10 produtores venâncio-airenses já cultivam produtos orgânicos ou com baixo índice de produtos químicos.
Para o chefe do escritório local da Emater, Vicente Fin, a ampliação nas formas de certificação poderão garantir novos mercados para os produtos locais. “A sociedade tem buscado uma alimentação livre de agrotóxicos. Este tipo de produto é mais difícil de manejo, porém, garante rentabilidade diferente para o agricultor familiar. Com mudanças nos selos ou certificações o acesso à estes produtos poderá ampliar o mercado.”

Conforme legislação atual, os alimentos orgânicos, vendidos em embalagem ou mesmo a granel, devem apresentar o selo ou sinalização de “Produto Orgânico Brasil”, que identifica a certificação do Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica (SisOrg). Os alimentos industrializados só recebem o selo do SisOrg se tiverem mais de 95% de ingredientes de origem orgânica. O produto que tiver mais de 70% e menos de 95% de ingredientes orgânicos, pode ser identificado como “produto com ingredientes orgânicos”.

APELO
O mercado de orgânicos possui apelo diferenciado e por isso o valor dos produtos tem atraído a atenção dos agricultores. “Mas as famílias têm dificuldade em conseguir certificação. O Governo avalia utilizar a extensão rural para trabalhar melhor o benefício e garantir o selo aos agricultores,” destaca.

Mesmo sem selo de certificação, Fin lembra que maior parte da produção atual dos produtores rurais de Venâncio Aires leva menos defensivos. “De forma geral há na produção familiar menos ou quase nada de agrotóxicos. A sociedade está querendo menos agrotóxico e é preciso se adequar a esta nova modalidade,” argumenta.
Ainda não há previsão de mudanças na legislação atual sobre a obtenção dos selos e certificações. O assunto foi pautado nesta semana, durante a 15ª campanha em favor de alimentos orgânicos, do Ministério da Agricultura.

Olá Jornal