A maior área cultivada com aipim no Rio Grande do Sul está em Venâncio Aires. Na última safra foram 2.100 hectares produzidos, gerando mais de 42 mil toneladas. O maior volume é direcionado para consumo nas próprias propriedades rurais. São 15 mil toneladas anuais destinadas à comercialização em feiras, agroindústrias, descascados, processados e in natura. Por ser uma cultura agrícola de fácil manejo e de alta produtividade, o produto tem mercado e permite o aproveitamento total das plantas.
Atualmente 2.055 famílias possuem o cultivo com mais de 500 plantas e são acompanhados e identificados pelo escritório da Emater/Ascar de Venâncio Aires. Destes, 440 produtores fazem a produção para comércio, o restante utiliza a planta para consumo próprio e produção de alimento aos animais da propriedade.
Já tradicional produtora de tabaco, como a Capital do Chimarrão ganhou destaque e liderança no cultivo de aipim? Segundo o chefe do escritório da Emater, Vicente Fin, o município ganhou destaque na produção de mandioca na década de 1990. Naquela oportunidade, a produção foi sugerida durante a entressafra da erva-mate. “Esta é uma produção que não exige um solo especial e se adapta facilmente ao lado dos ervais. Por isso, se adaptou nestas lavouras e permitiu aos produtores uma nova renda nos anos sem colheita nos ervais.”
A partir deste movimento, o cultivo de mandioca ganhou destaque nas propriedades rurais do município, especialmente na região do barro vermelho.
MARCA DE VENÂNCIO
Nos pontos de comercialização, em especial na Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS), o produto venâncio-airense ganha destaque e já é identificado com diferencial pela qualidade. A espécie de aipim cultivada em solo local é do tipo Vassourinha. Mais de 90% das lavouras contam com este tipo de espécie.
“Esta mandioca tem melhor cozimento, arranquio facilitado, não exige melhoramento do solo e possui melhores condições contra pragas e doenças da cultura,” explica Fin.
FORÇA ECONÔMICA
Venâncio Aires é líder em área de produção de mandioca no estado. Quando levado em consideração a produção voltada ao comércio (in natura, descascado e congelado) o município fica atrás de Santo Antônio da Patrulha. Na última safra os produtores venâncio-airenses comercializaram 15 mil toneladas de aipim.
Quanto a capacidade de produção, a Emater avalia que a produção no município alcançou o seu equilíbrio, garantindo condições de renda e produtividade. Ao longo do ano o produto é comercializado, porém, nos meses de janeiro, fevereiro e março, a caixa de 20 quilos é mais valorizada, chegando a custar R$ 20. Porém, no último trimestre do a unidade poder render ao produtor apenas R$ 8.