Apesar do número de livrarias estarem em constante queda nos últimos anos, pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) sob encomenda do Instituto Pró-Livro, aponta que o número de leitores no Brasil subiu 6 pontos percentuais entre 2011 e 2015. Divulgado em 2016, o levantamento concluiu que o país tem cerca de 104,7 milhões de leitores, ou seja, 56% da sua população.
Em Venâncio Aires, duas livrarias fecharam as portas no ano passado, e atualmente quatro locais realizam a comercialização de exemplares, porém, apenas um, é especializado em livros. Ainda assim, a população tem acesso de forma gratuita a livros em duas bibliotecas públicas: Biblioteca Pública Municipal Caá Yari localizada no centro da cidade e Biblioteca do Serviço Social da Indústria e Comércio (SESI) no bairro Cidade Nova.
Para a funcionária da única livraria do município, a Livraria Castelo, Isabel Cirstini Pacheco de Souza, não seria possível manter o negócio apenas com a venda de livros, por isso, o local comercializa outros produtos.
Ela destaca, que nos últimos meses, houve algumas modificações e a livraria passou a trabalhar com outros títulos de livros, e não apenas com os evangélicos. “Vimos a necessidade de comercializar vários tipos de livros, além disso, buscamos sempre inovar para chamar a atenção do leitor da melhor forma”, conta.
Isso ocorre também na papelaria Ponta do Lápis, que viu nos livros uma outra fonte de renda. A funcionária do local, Marcia Hickmann, afirma que mesmo com a facilidade de comprar livros pela internet e acessar os e-books, ainda existe aquele leitor que prefere adquirir livros pessoalmente.
Marcia ainda comenta, que diversas pessoas ficam durante um bom tempo apenas visualizando os livros. “Possuímos leitores fiéis, que gostam de tocar, de olhar e folhar os livros”.
A expectativa para a venda de livros nos dois locais até o final do ano é positiva, já que os empreendimentos acreditam que os livros ainda fazer parte da vida das pessoas, ainda que, a tecnologia vem modificando a formação de novos leitores.
Mesmo com a crise, o setor no país no último mês apresentou resultados positivos e espera seguir assim, até o final do ano. Os dados obtidos pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e pela Nielsen BookScan Brasil mostram que no mês do outubro o cenário teve alta de 5,70% em volume e de 9,33%.
E-BOOK
Com a introdução das novas tecnologias, a forma de ler livros vem se modificando cada vez mais. Em 2016, mais de 2 milhões exemplares de e-books, ou seja, livros digitais foram comercializados no país.
De acordo com o Censo do Livro Digital, das 794 editoras brasileiras investigadas, 294 produzem e comercializam conteúdo digital. Naquele período 49.622 títulos estavam disponíveis no acervo digital.