Três municípios produtores de tabaco estarão representados pelos seus chefes de governo na 8ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP8), em Genebra na Suiça. A comitiva terá os prefeitos gaúchos de Venâncio Aires, Giovane Wickert; de São Lourenço do Sul, Rudinei Harter; e o catarinense de Irineópolis, Juliano Poli, todos integrantes da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco). Ainda faz parte da comitiva o consultor executivo da entidade, Dalvi Soares de Freitas.
Ele explica que as decisões a serem tomadas no evento interessam e muito aos municípios que têm nesta cultura a base de sua economia. “Precisamos estar preparados para qualquer mudança, não dá para ficar a margem devido a importância econômica e social do tabaco para essas cidades e o impacto sobre elas”, afirma.
A Amprotabaco está na expectativa de até a terça-feira, 18, ter o retorno sobre a sua solicitação à Casa Civil de obter uma credencial para poder acompanhar as audiências da COP como ouvinte. O pedido foi considerado justo pela Casa Civil uma vez que os prefeitos são agentes públicos e, assim, representam também o governo, no entanto, depende de autorização da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro no Brasil (Conicq).
A reivindicação é umas das pautas analisadas em reuniões internas da Conicq realizadas desde quinta, em Brasília. Se aceita, os prefeitos da Amprotabaco farão parte da comitiva oficial do governo brasileiro e terão acesso aos audiências. “Muda muito porque ficaremos sabendo de fato o que está sendo debatido e vendo qual a posição de cada país”, explica Dalvi que está otimista frente ao encontro que tiveram com a presidente da Conicq, Tânia Cavalcante, onde segundo ele a comitiva buscou sensibilizar a entidade para a importância da participação.