Empregos na indústria do tabaco encolhem em Venâncio

Olá Jornal
agosto31/ 2018

Com 412 vagas a menos nas indústrias de tabaco, o município vê encolher a sua principal atividade industrial. A redução ocorre no comparativo dos primeiros seis meses de julho de 2017 para julho de 2018. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho demonstram a retração na oferta de empregos já prevista pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústria do Fumo, Alimentação e Afins, neste jornal no início do ano.

Para o administrador do sindicato, Ricardo Sehn, a redução no número de empregos significa menor tamanho de volume processado. Ele cita como exemplo a diminuição nas funções ligadas a esta atividade. A função ‘processador de fumo’ teve redução de 162 vagas em 12 meses, seguida de ‘auxiliar de processamento’ com -128, ‘beneficiamento’ com -111 e ‘processador’ com -33 cada uma delas. “Significa dizer que a linha de processamento de tabaco no nosso município está em queda o que nos leva a concluir que haja menos tabaco sendo processado nas empresas daqui”, avalia Ricardo.

CAUSAS
O presidente Rogério Siqueira questiona-se qual seriam os motivadores deste movimento de redução de volume e consequentemente de empregos. “Tivemos uma safra atípica e ficamos com esta questão em aberto do porquê houve menos tabaco em Venâncio, se seria resultado da crise ou de uma perda de mercado”.

ALTERNATIVA
Para o prefeito, Giovane Wickert, 2018 foi um ano mais equilibrado para o setor que após um enfrentar um período difícil em 2016, teve uma significativa recuperação em 2017. “Esta oscilação é muito comum em municípios que trabalham com exportação, onde a base industrial é grande’, avalia.

Wickert não considera os dados muito alarmantes, mas afirma que a administração está atenta os números e busca reverter a situação com a atração de novos investimentos como Dália, Laguiru e uma nova empresa que deve instalar-se em Venâncio em 2019 gerando 120 novos empregos. “Estamos investindo em ações que gerem resultados a médio e longo prazo em 10 anos, como CVT, novas áreas industriais e incentivo aos pequenos e médios negócios,” finaliza.

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