Em oito meses a Vigilância Epidemiológica de Venâncio Aires registrou uma morte por leptospirose e 20 casos positivos da doença, a maior parte deles ocorreu em Mariante ou em localidades próximas. O número total leva em consideração os casos da microrregião (Vale Verde, Mato Leitão e Passo do Sobrado). Conforme a técnica de enfermagem da Vigilância Epidemiológica, Cristiane de Jesus Ferreira, ao longo do ano passado também houve elevação dos casos, mas foram registrados em diversos pontos do município. “Esta doença é mais comum quando temos registro de enchentes, o que não ocorreu nos últimos meses nos locais com mais incidência”, comenta.
Segundo Cristiane, quando muitos casos são registrados em uma região são realizadas ações de prevenção. “Junto com o setor da Vigilância Sanitária, realizamos palestras de prevenção e conversamos com os moradores sobre o os sintomas e como prevenir a doença”.
Ao longo do ano de 2017 foram confirmados 34 casos da doença e dois óbitos. Já em 2016, foram 22 casos registrados entre os quatro municípios. Em 2015 foram confirmados 40 casos da doença.
“Até o momento o número da casos está aceitável comparando aos outros anos, mas é possível que até o final do ano a probabilidade de aumentar os números”, avalia Cristiane.
A investigação de suspeitas e os resultados levam mais de uma semana para serem divulgados. Mesmo sem o resultado positivo, o tratamento é iniciado de forma imediata, já que os sintomas se confundem com um gripe.
ESTADO
O Rio Grande do Sul já registrou 12 mortes por leptospirose em 2018. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) contabilizados até o último dia 11 de agosto, apontam que, em menos de oito meses, 298 casos da doença foram registrados.
Os números de 2018 são mais baixos do que no mesmo do período dos últimos três anos. Em 2017, havia 361 casos e 18 mortes. Em 2016, 314 pessoas contraíram a doença no Estado até este período, e 12 morreram e, em 2015, o balanço parcial apontava 375 casos registrados e 23 mortes.
DOENÇA
A leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Leptospira, que é eliminada no ambiente pela urina de ratos. A doença tem cura, mas, se não tratada, pode levar a um quadro grave, inclusive à morte.