A demanda por vagas em Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) segue aumentando. Atualmente 342 crianças aguardam na lista de espera. O relatório é divulgado mensalmente pela Secretaria Municipal de Educação. No total são 448 crianças que estavam na fila, porém, 106 ingressaram em escolas da rede privada, a partir da compra de vagas pelo poder público, a partir de ação judicial, solicitada pelos familiares.
A curto prazo a situação não deve registrar melhora, levando-se em consideração também o registro de nascimentos na Capital do Chimarrão. No município, anualmente são registrados cerca de 800 partos. Atualmente são atendidos em 12 escolas de educação infantil 1,6 mil alunos, entre zero e três anos e 11 meses.
Dificilmente a fila será zerada, na avaliação da secretária municipal de Educação, Joice Battisti Gassen. Mas o número de crianças aguardando vagas terá redução com a abertura de duas novas escolas. “A medida que crianças entram na rede, outras ingressam no ensino fundamental. Ao mesmo tempo novos bebês nascem. É um direito da crianças, mas a partir da capacidade de financiamento dos municípios, isso se torna difícil. Alternativas são a compra de vagas e as parcerias com a iniciativa privada para a gestão de unidades, a exemplo do que faremos na Emei Brands.”
Até o fim do ano a fila deve diminuir em 25%. Isso porque, entrará em operação a Emei Brands, que atenderá 70 crianças em turno integral. Conforme a secretária, a modalidade de parceria público-privada garantirá a abertura da escola ainda em 2018. “Esta é uma nova modalidade de gestão, por meio de Organizações da Sociedade Civil. É algo novo, e queremos implantar em novas escolas que serão construídas, após avaliação,” destaca.
Outra escola infantil que deve ser entregue em 2019, também com gestão da iniciativa privada é a Emei Xangrilá. A unidade ainda está em construção. A empreiteira responsável passa por problemas financeiros e o Município poderá buscar alternativa para acelerar o investimento. Uma decisão será discutida na próxima semana. A escola terá capacidade para atender 190 crianças, em turno integral.
Aliado aos dois novos educandários, o Município busca recursos junto ao Ministério da Educação para a construção e aumento de capacidade da Emei Closs. A escola possui projeto para sair do prédio atual, que seguidamente registra prejuízos, por estar em área de alagamentos. Atualmente a escola no bairro União atende 110 alunos, e ganhará incremento de 80 vagas se houver a ampliação.
GESTÃO PRIVADA
Para o prefeito Giovane Wickert (PSB) a gestão por meio de concessão para a iniciativa privada é um caminho que deverá ser adotado para garantir o atendimento de mais crianças. “Estamos com este processo aberto para a Emei Brands e poderá ser colocado em prática na Emei Xangrilá. É um caminho que facilita a abertura das unidades ensino, e tem sido a alternativa das Prefeituras para garantir o funcionamento das escolas, já que muitas cidades estão com recursos públicos limitados,” ressalta.
DEMANDA
Entre as demandas na fila de espera por vagas atualmente, são 245 crianças nos níveis IA e IB, que contempla o berçário e alunos de um a dois anos.