Em baixa desde 1990, a taxa de mortalidade infantil voltou a subir no Brasil em 2016. Segundo dados do Ministério da Saúde, a taxa foi de 14 óbitos infantis a cada mil nascimentos, um aumento de cerca de 5% nos casos registrados. Os números inéditos foram obtidos pela Folha de São Paulo.
Conforme a pesquisa realizada pela Folha de São Paulo a epidemia do vírus Zika e a crise econômica do país foram apontadas pelo Ministérios da Saúde como causadores do crescimento dos casos.
De acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade Infantil e Fetal que tem como fonte o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) os números foram reduzidos pela metade no último ano.
Desde 2014, quando cinco óbitos foram registrados, os casos confirmados de mortalidade infantil vinham tendo um crescimento no município. Em 2015 foram confirmados oito óbitos, já em 2016 o número aumentou para dez. A maior parte dos casos ocorreu no primeiro semestre do ano.
Em 2017, ao contrário do que é esperado no resto do país, os casos reduziram, com seis óbitos registrados na Capital do Chimarrão. Este número ainda poderá aumentar, pois alguns casos estão em processo de investigação. Neste ano até o mês de junho, um óbito foi confirmado.
Segundo a diretora do Departamento de Doenças e Agravos não transmissíveis do ministério Fátima Marinho em entrevista à Folha de São Paulo a tendência é que os números piorem. “Ainda não entraram todos os óbitos de 2017, alguns ainda estão sendo investigados”.
FOTO: Divulgação/Ministério da Saúde