No total a praça de pedágio de Venâncio Aires, administrada pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), arrecadou em cinco meses R$ 20.788.430,78. O valor é 35% maior que a segunda maior arrecadação da empresa, registrada em Portão, com R$ 13.282.056,04. Os valores constam em relatório financeiro apresentado pela estatal. O resultado financeiro coloca a praça de pedágio venâncio-airense em debate, já que ao longo dos dois últimos anos figura entre as que mais arrecadam na empresa. Entretanto, a manutenção da rodovia não tem garantido o retorno adequado ao usuário. Até o fim de maio, as 14 unidades sob responsabilidade da EGR arrecadaram juntas R$ 123.255.942,75.
Ainda na RSC-287, a unidade de Candelária arrecadou em cinco meses R$ 9.605.448,53. A rodovia está nos planos do governo estadual para inclusão nos pacotes de concessões. O objetivo é de garantir a manutenção e novos investimentos no trecho entre Tabaí e Santa Maria. Entre as prioridades está a duplicação de 30 quilômetros entre Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul.
DESPESAS
No período analisado a empresa desembolsou R$ 122.619.949,64 nas 14 praças de pedágio. Venâncio Aires foi a com o maior volume de despesas e alcançou R$ 22.365.677,10 até maio, ou seja, registrou déficit de R$ 1.577.246,50. O valor maior de pagamentos se deve a conclusão do viaduto no trevo de acesso à Santa Cruz do Sul, inaugurado na última sexta-feira, 15. Segundo informa a empresa, as obras custaram R$ 27,5 milhões e começaram em dezembro de 2014. A previsão inicial era de entregar o investimento um ano e meio depois, em julho de 2016.
O viaduto tem 60 metros de comprimento e 20 metros de largura, com pista dupla e acostamento. Segundo a EGR, a principal causa do adiamento foi a necessidade de adequação do projeto feito pelo governo anterior. Houve ainda problemas financeiros e judiciais enfrentados pelo consórcio responsável, que geraram seguidas paralisações dos trabalhos.