Nesta semana a reunião-almoço da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Venâncio Aires (Caciva), trouxe a economista chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo. O destaque do encontro foi a retomada do crescimento econômico do país. Entretanto, este será lento e frágil. Segundo a profissional, o momento é de analisar potencialidades e buscar na macroeconomia formas de garantir novos clientes.
“Isso é, buscar mais volume de vendas, com menor preço. A população economicamente ativa está retomando o consumo. Ela quer comprar, mas com atendimento diferenciado e condições de pagamento especiais. É o momento de buscar este potencial consumidor,” destaca.
Apesar da projeção inicial apontar que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil iria crescer este ano até 3%, a reprojeção coloca este percentual em 1,94,%. Para o próximo ano, o crescimento pode alcançar 2,8%. Neste cenário, além da economia que esteve em queda ao longo de oito trimestres, está o processo eleitoral.
“Não há nenhuma direção para esta eleição. Ela tem muitos candidatos e posicionamentos bastante distintos. Isso deixa o mercado financeiro embaralhado, dificultando crescimento na economia,” explica Patrícia.
DESEMPREGO
A economista da Fecomércio-RS apresentou ainda números de empregos, e destacou que o cenário começa a melhorar. Segundo dados do Ministério do Trabalho, em 2017 eram 88.947 milhões de pessoas ocupadas. Neste ano, até março, são 90.581 milhões. “Houve crescimento, apesar dos índices de desemprego serem altos. Mas o consumo das famílias começa a retomar e aquecer a economia,” frisa.
FUTURO
Para este ano, Patrícia, argumenta que as eleições indefinidas – sem favoritos – mexe na economia nacional. Segundo ela, a necessidade de reformas no governo precisam pautar os debates políticos. “A reforma tributária precisa entrar nesta discussão, assim como a da Previdência. Precisamos passar por isso para melhorar as contas públicas e garantir crescimento,” afirma.