O período de contratações não está no mesmo ritmo do ano passado, apesar do período de safra no processamento de tabaco em Venâncio Aires. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) apontam para desaceleração no número de trabalhadores contratados na indústria de transformação. O saldo é negativo em 342 contratações, no primeiro trimestre, quando comparado com igual período de 2017. Entretanto, há expectativa para recuperação, já que houve movimento de crescimento nas contratações temporárias ao longo de abril.
Conforme o coordenador da agência do FGTAS/Sine, Adriano Costa, no ano passado parte das contratações temporárias foram realizadas, em maior volume, de forma antecipada. “A safra naquela oportunidade foi antecipada, também por conta do processo de compra do tabaco ocorrer mais cedo. Como Venâncio tem uma ligação forte com este segmento, notamos que em abril houve crescimento nas chamadas para contratos temporários, mas isso ainda não foi computado pelo Caged.”
Para o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo, Alimentação e Afins de Venâncio Aires, o ritmo de contratações deverá seguir mais baixo ao longo da safra. Segundo o presidente, Rogério Siqueira, o período é reflexo da economia em recessão e da Reforma Trabalhista. “É o pior momento para o trabalhador, há muita desinformação e a própria indústria tem dúvidas. Também é reflexo de uma economia frágil, apesar do governo tentar maquiar a situação.”
A entidade de classe, afirma que as contratações de safristas possuem saldo negativo de 400 empregados, se comparado com 2017, levando em consideração dados internos do sindicado, até abril.
Em nota, a Alliance One – principal empresa em número de contratações de Venâncio Aires – afirma que a previsão do número de empregados em todas as unidades da empresa nos três estados segue a previsão de três mil empregos diretos (considerando profissionais mensalistas, horistas e aprendizes).