Casos de Leptospirose no primeiro trimestre ligam alerta nos órgãos de saúde

Olá Jornal
abril12/ 2018

Ao longo do primeiro trimestre deste ano a Vigilância Epidemiológica de Venâncio Aires registrou 11 casos de leptospirose – doença transmitida pela urina do rato – e ligou alerta. Isso porque, a maior parte ocorreu na mesma região. Seis casos confirmados foram em moradores de Vila Mariante e arredores. Além disso, a secretaria municipal de Saúde, analisa outros seis pacientes sob suspeita da doença. O número total leva em consideração os casos da microrregião (Vale Verde, Mato Leitão e Passo do Sobrado).

Por se localizarem em uma mesma região, o setor da Vigilância Sanitária, também tem visitado as localidades para divulgar os cuidados necessários, com o objetivo de evitar o crescimento dos casos. Conforme a técnica de enfermagem da Vigilância Epidemiológica, Cristiane de Jesus Ferreira, ao longo do ano passado também houve elevação dos casos, mas em diversos pontos do município. “Esta doença é mais comum quando temos registro de enchentes, o que não foi o caso nos últimos meses na região de Mariante. Chama atenção a grande concentração na mesma localidade, o que acaba gerando um olhar especial para os moradores da região,” argumenta.

Ao longo de 2017 foram confirmados 17 casos da doença. Já em 2016, foram 14 casos registrados entre os quatro municípios. Em 2015 foram confirmados 20 casos da doença. Cristiane lembra que a concentração dos registros é o que está em avaliação. “Esta situação ainda não tínhamos registrado, os casos em anos anteriores eram mais isolados, em diversos pontos do município.”

A investigação de suspeitas e os resultados levam mais de uma semana para serem divulgados. Mesmo sem o resultado positivo, o tratamento é iniciado de forma imediata, já que os sintomas se confundem com um gripe.

CONTROLE DE PRAGAS
O coordenador da Vigilância Sanitária, Everton Luís Notti, destaca que campanhas na região de Mariante já estão ocorrendo. “É preciso conscientizar a população sobre a importância de manter as propriedades limpas e sem a presença dos roedores. Estamos monitorando os casos,” destaca.

Os órgãos de monitoramento também destacam a agilidade para o tratamento dos casos suspeitos. Isso passa inclusive pelo primeiro atendimento realizado no posto de saúde do segundo Distrito.

FIQUE LIGADO
A doença é causada por uma bactéria chamada Leptospira, presente na urina de ratos e outros animais (bois, porcos, cavalos, cabras, ovelhas e cães também podem adoecer e, eventualmente, transmitir a leptospirose ao homem). A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas, alto custo hospitalar e perdas de dias de trabalho, além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às precárias condições de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência do agente causal no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos.

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