A Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) percorreu 8.668 km no Rio Grande do Sul e, em todo o Brasil, foram mais de 100 mil km avaliados. A 19a edição levantamento apontou um cenário nada animador para as rodovias da região. Em Venâncio Aires que tem como principais rotas de ligação a RSC-287 e RSC-453 os problemas de infraestrutura são corriqueiros e estão no estudo.
Segundo o relatório, 73,6% (6.385 km) da extensão avaliada no estado apresentam algum tipo de deficiência, sendo o estado geral classificado como regular, ruim ou péssimo. Somente 26,4% (2.283 km) tiveram classificação ótimo ou bom. Pois as rodovias da região estão na maior parcela. A 287 teve avaliação regular, com o quesito geometria avaliado como ‘bom’. Já a RSC-453 teve todos os quatro pontos avaliados como ‘regular.’
Para o presidente do Conselho Regional das Rodovias Pedagiadas (Corepe Trecho 8) Luciano Naue, o resultado preocupa, especialmente porque apontam a gradual degradação das rodovias regionais. “Estamos falando de trechos com pedágios. A 287 só não teve pior avaliação por não ter buracos. A EGR ainda consegue fazer remendos.” Segundo Naue o cenário não é animador por conta do usuário pagar tarifa. “As duas rodovias da nossa região possui tarifas para o usuário. O mínimo que se espera são estradas com avaliação ‘boa’ ou ‘ótima’.
ESTADO
No Rio Grande do Sul, estima-se que são necessários R$ 6,24 bilhões de investimentos para a reconstrução, restauração e a manutenção dos trechos de rodovias danificadas. O estudo apontou que há problemas em 71,5% da sinalização. Em 28,5%, ela é ótima ou boa. Em 8,1% da extensão avaliada no estado não foram localizadas placas de limite de velocidade. Analisando a extensão onde foi possível a identificação visual de placas, 37,4% da extensão apresentaram placas desgastadas ou totalmente ilegíveis.
DETERIORAÇÃO
O levantamento da CNT mostra que a deterioração das rodovias gaúchas cresce de forma preocupante. No estudo de 2013, o estado tinha 4.035 quilômetros de rodovias em boas e ótimas condições. Em 2014, o número baixou para 2.688 e, em 2015, para 2.283. Por outro lado, a quantidade de trechos ruins ou péssimos dobrou. Em 2013, eram 891 quilômetros, número que passou para 1.288 no ano seguinte. Em 2015, as condições das estradas pioraram significativamente e 2.111 quilômetros foram considerados ruins ou péssimos.
Foto: Guilherme Siebeneichler