A comissão interestadual dos produtores de tabaco acredita na melhora da comercialização frente a negativa das empresas referente a proposta de reajuste. O grupo formado por membros da Afubra e das Federações dos Sindicatos Rurais (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) encerrou as negociações na última semana sem um índice para a nova safra.
Enquanto os produtores reivindicavam 4,7% de reajuste (sendo 2,7% de custo de produção e 2% de aumento), as indústrias apresentaram proposta máxima de 2,1% sobre a sua tabela do ano anterior. Algumas sequer levaram propostas.
Para o presidente da Afubra, Benício Werner, a falta de novos índices pode favorecer a compra do tabaco. “O que temos observado em anos anteriores é que quando temos dificuldade na negociação do reajuste temos melhora na compra, favorecendo o produtor. As empesas utilizam essa margem na hora de comprar”, explica.
Werner afirma que as entidades vão fazer um rigoroso acompanhamento da comercialização e, se necessário, inclusive realizar mobilizações para garantir uma renda justa ao produtor. “Vamos fazer pressão”, adianta o presidente.
O início da comercialização está previsto para ocorrer entre os dias 15 e 22 de janeiro de 2018. Apenas a Souza Cruz já comprou fumo da nova safra ainda em 2017, do dia 04 a 22 de dezembro.