Ao completar 30 anos, o Viveiro Florestal da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) incrementa a sua produção com o Eucalipto clonal. Trata-se de um clone de uma planta da mais alta qualidade com foco na produtividade e qualidade da madeira. As matas de Eucaliptos geneticamente modificados possuem a vantagem de serem mais uniformes possibilitando maior eficiência na hora do corte.
Segundo engenheiro florestal a Afubra, Juarez Jensen Pedroso Filho, as madeiras sólidas são menos propensas a rachaduras.
Ele afirma que a planta modificada vem como uma opção de renda para o produtor rural e para atender a demanda das serralherias e madeireiras. “Acreditamos na relação de ganha a ganha o produtor investindo na produção e a indústria reconhecendo o novo produto”.
Com mais de 200 mil mudas produzidas neste ano, a Afubra trabalha com exclusividade na região com o produto que já é produzido há oito anos em outros locais. A muda da planta é comercializada a R$ 450 o milheiro, enquanto do Eucalipto normal custa R$ 260. De acordo com Juarez, as florestas clonais são mais produtivas e têm mais resistência a pragas e doenças. “Esta é a vantagem competitiva em relação aos materiais comuns”.
DIVERSIFICAÇÃO
Constituído para promover o fomento florestal, a diversificação de culturas e a educação ambiental, durante a sua trajetória já produziu mais de 45 milhões de mudas de espécies nativas e exóticas e também de culturas como batata-doce e capim-elefante.
O Viveiro conta com 3,9 hectares onde estão instaladas as estufas, escritórios, depósitos e outras instalações, e o trabalho de 15 colaboradores, desde a coordenação à produção. São produzidas, anualmente, 1,5 milhão de mudas exóticas e cerca de 70 mil de nativas. Na parte agrícola, a produção chega a 160 mil mudas de batata-doce (BRS Amélia, BRS Cuia e BRS Rubisol) e 70 mil mudas de capim-elefante (BRS Kurumi e BRS Capiaçu)