Venâncio se prepara para a primeira abertura oficial da colheita do tabaco no dia 27

Guilherme Siebeneichler
outubro23/ 2017

A partir deste ano, o início da colheita do tabaco passa a contar com um evento festivo. Nesta sexta-feira, 27, acontece em Venâncio Aires a primeira edição da Abertura da Colheita do Tabaco. A iniciativa é da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul, com o apoio do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e prefeitura de Venâncio Aires.

O evento ocorre na propriedade do produtor Antônio Alcir Coutinho (Estância Nova, km 64 da RS-287), a partir das 15 horas. O horário foi antecipado para permitir a participação do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, que virá acompanhado do secretário da Agricultura, Ernani Polo. Realizada próxima ao Dia do Produtor de Tabaco, comemorado em 28 de outubro, a festividade também celebra a importância das 150 mil famílias dedicadas à produção.

O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, confirmou participação no evento que também contará com a presença de autoridades locais, políticos, representantes do setor e produtores. “A abertura da colheita e o dia do produtor são marcos importantes para homenagear esses homens e mulheres que lutam diariamente pelo seu sustento e que não são apenas produtores de tabaco: são gestores de pequenas propriedades que plantam e colhem alimentos, criam animais, geram riqueza para os municípios e Estados. São momentos que resgatam o orgulho do produtor”, avalia.

A programação deverá contemplar uma demonstração da colheita. Para Schünke, o início da colheita deve ser encarado também de forma consciente. “Já estamos há alguns anos conscientizando os produtores sobre a importância do uso da vestimenta de colheita para a prevenção da Doença da Folha Verde do Tabaco. Pesquisas científicas comprovaram que a proteção chega a 98%”, reforça.

SAFRIANHA

Durante a abertura da colheita também ocorre a renovação do convênio do Programa Milho, Feijão e Pastagens no Rio Grande do Sul, que incentiva o cultivo de grãos e pastagem após a colheita do tabaco. Na safrinha de 2017, a diversificação rendeu aos produtores R$ 415 milhões em milho, R$ 128 milhões em feijão e R$ 57 milhões em soja. O Brasil é o 1º no ranking mundial de exportações de tabaco em folha há 24 anos e atualmente responde por 30% das exportações mundiais. Em 2016, foram embarcadas 483 mil toneladas.

Guilherme Siebeneichler