A comercialização do tabaco encerrou ainda no mês de agosto. Porém, o processamento na indústria deve seguir até a segunda quinzena de setembro. A safra 2016/2017 encerrou com a produção total de 705.930 toneladas comercializadas. Apesar a produção maior, o valor pago foi menor, já que houve maior oferta na lavoura.
O gerente técnico da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Paulo Vicente Ogliari, afirma que a produção seguiu a tendência em todo o setor primário, com supersafra. “Tivemos um grande volume de tabaco produzido neste período, por conta das condições climáticas favoráveis. Diferente da safra anterior, em que houve muita quebra nas lavouras.”
Nos três estados do sul do Brasil, a safra atual garantiu R$ 6,09 bilhões em receitas. No período passado a rentabilidade foi maior para os produtores, em comparação, já que o preço médio pago por quilo de tabaco foi de R$ 9,63. Neste período, a média foi de R$ 8,63/Kg. A produção entre 2015/2016 fechou em 557,6 mil toneladas. O excesso de chuvas e o granizo foram os grandes responsáveis pelo mau desempenho nas lavouras.
Nos próximos dias o setor técnico da Afubra irá apresentar o relatório de produção por município e região. A expectativa é de que Venâncio Aires retorne ao topo, como o principal município produtor de tabaco. Na safra passada, Canguçu, ocupou o primeiro lugar, já que a Capital do Chimarrão foi atingida por condições climáticas desfavoráveis.
PRODUÇÃO REGIÃO SUL
Virginia – 616.690 toneladas
Burley – 80.410 toneladas
Comum – 8.830 toneladas
PREÇO MÉDIO/KG
Virginia – R$ 8,77
Burley – R$ 8,85
Comum – R$ 6,09