Com gastos de R$ 178 mil em aluguéis, até o dia 14 de agosto, a Prefeitura de Venâncio Aires mantém contratos para ocupação em imóveis com oito proprietários. Como alternativa, a construção de um novo centro administrativo poderá diminuir este tipo de investimento. E é exatamente isso que o poder público avalia. Sem recursos sobrando, a busca por convênio e troca de imóveis poderá ser a solução para um novo espaço de trabalho na sede da Prefeitura.
Ainda em estudo, o prefeito Giovane Wickert (PSB) confirma a iniciativa, porém, destaca que o trabalho é inicial. O objetivo é de cortar mais de 80% os valores desembolsados com aluguéis. Só em 2016 a Administração Municipal da Capital do Chimarrão desembolsou R$ 410 mil. A previsão é de investimentos de até R$ 1,8 milhão com um novo prédio, aos fundos da atual sede, com frente para a rua Tiradentes.
Entre as alternativas apontadas pelo poder público local é de garantir convênio com a iniciativa privada para que ela construa o novo complexo e na troca receba imóveis sob propriedade do Município. “Essa seria uma alternativa viável, mas tudo é bastante inicial. Vamos estudar ações que possam viabilizar esse tipo de investimento. Hoje a nossa estrutura administrativa não comporta mais o tamanho da máquina pública,” argumenta Wickert.
A medida em avaliação na Prefeitura de Venâncio Aires é a mesma que o governo estadual tem colocado em prática para garantir mais vagas em presídios. Em troca de áreas públicas do Estado, empresas irão construir novos pavilhões ou estruturas prisionais. Um desses projetos é encabeçado pela Companhia Zaffari, que irá construir uma nova prisão, e por meio de permuta receberá o imóvel onde está atualmente a Fundação de Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH). A área, com prédio, está avaliada em R$ 13,2 milhões.
No caso de Venâncio Aires, entre as alternativas para convênios estão em avaliação áreas de terras pertencentes ao Município, como também o prédio onde está atualmente a Secretaria municipal de Educação e a Biblioteca Pública. “São opções, mas também precisamos fazer avaliação dos imóveis para garantir apoio as iniciativas. Já consultamos empresas que se interessam no formato de parceria,” destaca Wickert.
PROPOSTA
O objetivo do governo é de estruturar proposta do tipo até o fim do ano. A concentração das secretarias é uma necessidade atualmente, também incluída nas políticas de redução dos custos operacionais. Apesar de projetar a estrutura para ocupar onde atualmente está instalada a Feira do Produtor e o estacionamento interno da Prefeitura, Wickert, afirma que o melhor seria construir a nova sede em área fora da região central.
“Um dos locais seria na área onde está atualmente a secretaria de Infraestrutura e Serviços Público. Mas a locomoção, especialmente para pessoas do interior, dificulta esse projeto,” destaca. A ideia do gestor público é de concluir as avaliações até o fim do ano, para continuar ou descartar a iniciativa nos próximos três anos.