A indústria do Rio Grande do Sul fechou o primeiro semestre com crescimento de 1,9% na produção. O avanço foi bem maior que a média nacional, que ficou com crescimento de 0,5% no levantamento do IBGE. As fábricas gaúchas que mais influenciaram o crescimento foram dos ramos de produtos de tabaco (27,1%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (5,8%), de bebidas (14,4%) e de produtos de metal (7,9%).
A região tem garantido a alta na produção, inclusive na geração de empregos. O período de safra e processamento do tabaco, além da fabricação de cigarros, ampliam os números de movimentação financeira da indústria. Entretanto, sem a maior movimentação de vendas e produção da indústria tabacaleira, a tendência é de queda, tanto na geração de empregos, como nas negociações com o mercado. A safra do tabaco, em grande parte das indústrias do ramo, encerraram na última sexta-feira, 11.
Entretanto, outras unidades manterão a produção e o processamento até o fim de agosto, já que a boa produção agrícola permitiu a colheita de tabaco com qualidade. O aquecimento no setor se deve também a possibilidade de estaque, para comercialização posterior. As estimativas são de que o tabaco processado este ano, seja comercializado até 2019.
AINDA COM PERDAS
O resultado da indústria não foi melhor porque o setor industrial do Rio Grande do Sul também teve quedas. A principal influência negativa foi do setor de produtos alimentícios (-3,9%). A pressão veio da menor fabricação de queijos, carnes e embutidos. Se comparados os resultados de junho, sobre agosto, a queda foi de -1,1%. De junho deste ano, ante o mesmo mês de 2016, teve crescimento de 2,1%. Porém no acumulado de 12 meses, a redução de é -0,6%.