Força-tarefa para detectar a pobreza extrema em Venâncio Aires

Guilherme Siebeneichler
agosto07/ 2017

Um dos trabalhos buscando identificar pessoas que se enquadram no Bolsa Família envolverá diversos setores do poder público. Isso porque, cerca de 350 pessoas vivem com menos de R$ 170 mensais em Venâncio, segundo o Ministério de Desenvolvimento Social. Por isso, uma força-tarefa tem buscado unir agentes de saúde e professores, além de assistentes sociais, na identificação de pessoas que possam receber o maior programa de transferência de renda do planeta.

A extrema pobreza ainda existe no município, e coloca em discussão o alcance de 2.030 beneficiários do programa federal. As famílias recebem benefícios com valor médio de R$ 150,28 e o repasse total transferido pelo governo federal em benefícios alcançou R$ 305.065,00 no mês de julho.

Entretanto, mais de 7 mil famílias estão registradas no Cadastro Único (CadÚnico). Segundo a assistente social, Daine Führ, os cadastros estão sendo atualizados também para identificar famílias que estão fora do programa. “Hoje fazemos a revisão dos dados, existem famílias que não se enquadram mais no programa, por isso trabalhamos para incluir novas pessoas nesse benefício.”

A união de diversos segmentos busca agilizar os trâmites para que novas pessoas sejam incluídas, e quem não se enquadra mais seja retirado do sistema. “Os critérios do programa seguem os mesmo, porém, vamos aumentar a fiscalização. Nosso objetivo atualmente é identificar pessoas que ainda estejam vivendo na extrema pobreza,” argumenta.

SUPORTE
Para a assistente social, o Bolsa Família pode ser considerado um avanço no combate a fome no país. Entretanto, a fiscalização precisa ser melhor aplicada. “Quando o Estado deixa de dar o suporte para garantir o mínimo, é preciso um programa para evitar a fome, por exemplo. O Bolsa Família foi um avanço, um direito básico, para subsidiar o mínimo para brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza,” revela.

A profissional questiona a execução do programa, já que a fiscalização não tem atuando de maneira efetiva. “Há casos que não é bem executado e muitos municípios não tiveram suporte e treinamento para garantir esse tipo de trabalho,” ressalta.

O trabalho já está ocorrendo e tem buscado o registro de pessoas que estão aptas a receber os recursos do programa. Em média, no município, as famílias recebem até R$ 150.

Guilherme Siebeneichler