Saber que Venâncio Aires possui um museu, construído com apoio total da comunidade, garante ao município destaque estadual. Esta é a avaliação da coordenadora do curso de Museologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Zita Possamai esteve na cidade, acompanhando 17 alunos, para conhecer a estrutura, acervo e itens da exposição do museu.
O grupo participou de visita técnica, que integra as atividades do curso de graduação. Ao longo do ano, as turmas realizam estudos e análise de outros espaços que têm por objetivo resgatar a memória da população. Este é o caso do espaço venâncio-airense, que foi erguido a partir de doações, camapanhas e trabalho voluntário da comunidade.
O encontro nesta terça-feira, 1º de agosto, foi guiado pelo diretor do Núcleo de Cultura de Venâncio Aires (Nucva), Flávio Seibt. Ao longo da manhã a turma pode conferir todos os cantos do museu, detalhes da história e os desafios para a manutenção do espaço. “Esse local é da comunidade de Venâncio Aires, é fundamental a população saber a importância desse resgate da memória para as futuras gerações. A cidade está de parabéns pelo envolvimento e trabalho dedicado ao local que preserva a cultura das regiões e até do nosso estado,” destacou Zita.
Esta foi a primeira vez que uma turma do curso da Ufrgs visitou o espaço venâncio-airense. Seibt apresentou, além do prédio Storck, e da área para expsições, o acervo do museu, com a área técnica. “Temos mais de 30 mil peças para exposição. Trabalhamos agora no cadastro deste material que foi doado para nós. Esse local só virou realidade a partir do esforço de muitas mãos,” revela.
DESAFIOS
O diretor do Nucva também apresentou iniciativas que buscam ampliar o local. Junto com Executivo Municipal, a direção da Casa de Cultura espera garantir a destinação de terreno ao lado para construir um novo prédio, com a proposta de receber a reserva técnica, que atualmente está no terceiro andar do prédio. O Executivo Municipal se comprometeu em dialogar e negociar com os proprietários do terreno.
O terreno de interesse conta com aproximadamente 300 metros quadrados. O prédio projetado teria três andares, capacidade para todo o acervo e ambiente climatizado para manter as peças.