O pavilhão do artesanato na 14ª Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim) guarda histórias bonitas, que vão além do que está exposto. Exemplo disso é do artesão Valdecir Porto de 44 anos, morador do Loteamento Primavera, que como ele mesmo propõe em seu projeto Renascer, quer dar vida ao que está morto.
Todo seu material à venda é confeccionado com produtos reciclados, que são jogados no lixo por muitos. O artista manual tem peças como luminárias, onde o suporte foi recuperado do lixo, ou então o reaproveitamento, como o uso de uma cabeceira de cama e parte de um armário, que foi transformado em porta espetos.
Valdecir que desde os 17 anos aprendeu a produzir itens artesanais, conta que havia parado por uns 4 anos de fazer as peças, mas decidiu retomar o trabalho. O espaço na Fenachim, segundo ele, tem sido essencial para si e toda a família. “Nestes dias aqui consegui tirar renda para pagar muitas contas. Só nos três primeiros dias tirei valor pra fazer meu rancho.”
VULNERABILIDADE
De certa maneira, Valdecir Porto quer retribuir todas as coisas positivas em sua vida e sendo assim, busca parceiros para tirar do papel o projeto Renascer. Ele conta que a ideia vem há cerca de 7 anos, mas necessita de apoiadores para o desenvolver.
O artesão, que no momento, também trabalha em outro emprego como fonte de renda diz que a intenção é realizar cursos para jovens e adultos em vulnerabilidade social, envolvidos com álcool e drogas ou até mesmo para evitar que sigam para esse caminho.
Mas para isso quer encontrar empresas, que possam ter um espaço para ceder e colaborar com o fornecimento de materiais como tinta e cola. Os interessados podem fazer contato com Valdecir, pelo telefone (51) 9992-5107 e auxiliar na ativação do projeto.
Foto: Maicon Nieland