Os envolvidos na coordenação de mais um Fórum de Educação em Venâncio Aires estarão reunidos nesta quarta-feira, 17, para a primeira reunião de avaliação pós-evento. A 9ª edição nacional e a 13ª edição internacional da programação contou com quatro datas de atividades na última semana.
Entre os dias 10 e 13 de maio, os 800 educadores das redes municipal, estadual e federal puderam acompanhar conferências com profissionais de diferentes estados brasileiros, qualificando assim a forma de ensino na sala de aula.
Será a partir do dia 12 de junho que cada professor poderá emitir seu certificado no site do evento, forumdeeducação.com.br, tendo direito ao documento aqueles que tiveram, no mínimo, 75% de frequência. A certificação integral é de 40h.
ECONOMIA
A secretária municipal de Educação, Joice Battisti Gassen ressaltou a importância de realização do evento, uma vez que em função das dificuldades financeiras, outras prefeituras da região optaram por não promoverem atividades desse nível em 2017.
“Tínhamos R$ 110 mil para o Fórum e o realizamos com 1/3 desse valor. Nossa planilha será finalizada com todos os gastos e queremos apresentar na próxima semana o que foi investido”, ressaltou a titular da pasta.
Integrado as conferências, o Fórum agregou nas prévias de cada palestra apresentações culturais de talentos de Venâncio Aires, como da ONG Alphorria, do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), Grupo de Danças Alemãs Die Schwalben, Celebration Band, entre outros.
Na relação de conferencistas, os professores de Venâncio Aires e região puderam abservor conhecimentos com nomes como Luiz Antônio Correa (Paraná), Nino Paixão (São Paulo), Hamilton Werneck (Rio de Janeiro), Vasco Moretto (Brasília) e Gustavo Moretto (Minas Gerais), Alexandre Ventura de Portugal e outros três profissionais da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Moisés Romanini, Eduardo Steindorf Saraiva e Simone Machado.
Falas dos conferencistas:
“Quando o professor começa a entender o que se processa no cérebro da criança e a criança consegue a evolução, a uma melhora tanto pro aluno como para ele”, professor doutor Luiz Antônio Correa.
“Eu posso sentir uma dor profunda e uma vergonha enquanto ser humano, de saber que uma menina está sofrendo violência dentro da escola pelo simples fato de ela ser pobre, negra e lésbica. E aí a escolha enquanto profissionais é nossa, se queremos fechar os olhos pra isso ou de fator discutir essas questões”, psicólogo e professor da Unisc, Moisés Romanini.
“O estresse, é uma coisa boa, que nos mantém alerta, mas não pode ser algo diário. O estresse todos os dias te leva a depressão”, professor doutor Nino Paixão.
“Se o aluno não entende aquilo que você explica, ele não tem condições de aprender. Na escola vamos direto às conclusões, sem passar pelas experiências. Newton na gravitação passou por uma série de experiências antes de chegar a conclusão”, professor doutor Hamilton Werneck.
“Todos temos uma tendência de vangloriarmos o tempo quando não temos tempo. A mistura do tempo pessoal com o profissional prejudica o bem-estar. Uma dimensão profissional que se torna uma obsessão”, professor doutor Alexandre Ventura.
“Precisamos ajudar a formar gestores de informação e não acumuladores de dados. Muitos sabem fazer, mas não sabem o que estão fazendo”, professor doutor Vasco Moretto.
Foto: Maicon Nieland/ Olá Jornal