Wickert promete colocar em dia pagamentos aos fornecedores

Guilherme Siebeneichler
janeiro05/ 2017

Diferente do que afirmou o prefeito eleito de Porto Alegre, Nelson Marchezan (PSDB), que irá suspender o pagamento de fornecedores, o novo gestor municipal de Venâncio Aires, Giovane Wickert (PSB), quer manter o esforço para quitar pagamentos pendentes. Entretanto, destaca que será preciso paciência para garantir a quitação de todos os serviços contratados pela Administração Municipal. “Ao longo de janeiro teremos conhecimento da real situação das contas públicas, o que ficou para ser pago e de que forma iremos quitar,” destaca.

Segundo ele, não haverá calote aos fornecedores do Município, porém, os primeiros meses exigirão ajustes nas contas públicas. “As empresas não têm culpa pelo Município fechar no vermelho. Até a segundo quinzena queremos avaliar todos os contratos em atraso,” salienta.

O critério que será adotado pela nova gestão busca garantir os pagamento aos fornecedores em maior atraso e garantir o pagamento de serviços e investimentos contratados no último ano.  Além disso, na primeira quinzena, Wickert publicará decreto de emergencialidade financeira para garantir remanejamento de despesas e equilíbrio nas contas públicas. O decreto objetiva também avaliar todos os gastos não programados pelo governo e quais as prioridades de investimentos. Uma comissão fará as avaliações, a exemplo do que ocorreu ao longo dos últimos dois anos na Prefeitura.

UNIMED

Nesta quarta-feira, 04, o governo municipal quitou débitos do plano de saúde dos funcionários públicos.  A Unimed dos servidores municipais haviam sido cortados devido à falta de pagamento. Uma força-tarefa foi montada para restabelecer o serviço. A suspensão ocorreu sem nenhuma notificação formal ao município, infringindo o respeito das relações administrativas.

Conforme a Secretária da Fazenda Jeanine Benkenstein houve omissão da empresa, ao não comunicar Prefeitura e dar o prazo mínimo para que o Poder Público pudesse se inteirar do assunto e tomar providências cabíveis, já que os atrasos são referentes aos últimos três meses.  A conta com este determinado fornecedor soma mais de R$ 27 mil, contabilizando apenas os meses de setembro, outubro e novembro. Este valor já está empenhado, mas não foi pago, muito menos prevista a quantia para honrar com o serviço. Já o mês de dezembro sequer foi empenhado junto a Secretaria da Fazenda. A conta com este fornecedor deve girar em torno de R$ 50 mil.

Guilherme Siebeneichler