Vigilância Sanitária alerta comerciantes e consumidores sobre cuidados com peixes

Guilherme Siebeneichler
abril06/ 2017

Com a chegada da Semana Santa, a Vigilância Sanitária alerta os consumidores sobre a atenção com peixes adquiridos em feiras ou comércios estabelecidos do Município. As tradicionais feiras de peixe estarão espalhadas por diversos pontos da cidade e todos precisam estar atentos para não consumirem pescados que estejam em más condições de conservação, impróprios para o consumo e que os comerciantes também se adequem as indicações da Vigilância.

Os feirantes deverão encaminhar licença prévia junto aos setores de fiscalizações sanitárias e da fazenda. Serão avaliados os locais onde se encontram os açudes de proveniência dos peixes e também onde os mesmos serão comercializados, devendo contar com estrutura adequada com piscinas ou tanques com sistema de oxigenação da água e recipientes abastecidos com gelo para comércio de peixe fresco.

Os peixes não poderão ser comercializados eviscerados e filetados nem junto aos açudes, tampouco, durante a feira. Fica permitido tal comércio somente para produtores que tenham registro e inspeção junto ao Serviço de Inspeção Municipal, estando os mesmos devidamente embalados, rotulados e congelados conforme legislação em vigor. O não cumprimento das normas poderá ocasionar desde multas e apreensões conforme Decreto Estadual 23.430/74 e Lei Federal 6.3437/77.

Os comércios estabelecidos devem oferecer produtos devidamente embalados, rotulados e dentro da temperatura regulamentar. Os mesmos não podem ser fracionados e acondicionados em outras embalagens para ficarem expostos à venda. Ficam sujeitos às mesmas penalidades de multa à apreensão caso não cumpram as exigências sanitárias. Aos consumidores, ao comprar peixes, cabe observar se não for adquirido peixe vivo, se a pele está firme, úmida e sem manchas. Os olhos devem estar brilhantes e salientes. As escamas têm de ser brilhantes e estar unidas e presas à pele. As brânquias (guelras) podem variar do rosa ao vermelho intenso, mas devem ser brilhantes e sem viscosidade.

Dentre as várias modalidades de comércio estão:

Pescado fresco e resfriado (que nunca foi congelado e é conservado no gelo): é o pescado devidamente conservado em gelo e mantido em temperaturas entre 0°C e -2°C. O pescado fresco possibilita ao consumidor verificar a qualidade do alimento através do odor, textura e coloração.

Para o consumidor é sempre importante verificar se o pescado fresco está:

  • Sem areia, pedaços de metais, plásticos, poeira, combustíveis, sabão, detergentes e moscas;
  • Úmido, firme, e sem manchas estranhas na pele (peixes e moluscos) ou carapaça (crustáceos);
  • Com os olhos brilhantes e salientes;
  • No caso de peixes: As brânquias devem estar úmidas, brilhantes e entre a cor de rosa e vermelho intenso.
  • Quanto aos crustáceos: Devem apresentar a cor própria da espécie e não apresentar cor alaranjada ou negra na carapaça.
  • Mariscos frescos, só podem ser vendidos vivos.
  • Polvos e lulas: Com carne consistente e elástica.
  • No caso de filés embalados, sempre verifique, além da consistência da carne, o tipo do pescado, o estabelecimento de origem, o peso líquido, a data de embalagem, o prazo de validade, a forma de conservação e a informação nutricional.
  • Pescado congelado industrialmente é submetido a temperaturas inferiores a -25°C e depois mantido obrigatoriamente a temperaturas inferiores a -18°C. O congelamento industrial é feito muito rapidamente de forma que conserva melhor e diminui a perda de qualidade e umidade do pescado, devendo porém, a data de validade ser sempre verificada.

Formas seguras de descongelar o pescado:

  • Na geladeira: é o método mais recomendado pois diminui a perda de água e garante a manutenção de qualidade do pescado;
  • No microondas: sempre utilizar a opção “descongelar” do microondas para garantir o descongelamento uniforme.
  • Atenção: nunca descongelar qualquer pescado em temperatura ambiente, porque não é uniforme e pode gerar perda de qualidade, umidade e permitir o crescimento de micróbios.

No caso de congelamento domiciliar:

  • Nunca congelar novamente um pescado que já foi descongelado
  • O peixe pode ser congelado novamente se cozido e preparado.
  • O ideal é congelar peixes inteiros sem as vísceras, a pele é a melhor proteção do peixe.
  • Camarões e lagostas devem ser congeladas sem cabeça.
  • Nunca congelar diversas espécies em um mesmo recipiente ou embalagem.
  • Sempre proteger bem o pescado com filme e sacos apropriados de primeiro uso.
  • Não sobrecarregar o freezer durante congelamento.
  • Sempre identificar no seu freezer as embalagens com as informações sobre o produto e a data de congelamento.
  • Estes são alguns cuidados para se evitar intoxicações alimentares e garantir um peixe de qualidade e procedência.

CRÉDITO: Comunicação Prefeitura de Venâncio Aires

Guilherme Siebeneichler