Venâncio pode perder mais de R$ 10 milhões por ano com a Reforma da Previdência

Olá Jornal
março09/ 2019

Mais de R$ 10 milhões por ano deixarão de circular pela economia de Venâncio Aires caso a nova Reforma da Previdência seja aprovada. Este valor corresponde somente ao abono do PIS que o trabalhador perderá, pois pela nova proposta somente terá direito ao benefício quem ganha um salário mínimo. Atualmente o chamado 14º salário é pago para quem recebe até dois salários, o que corresponde à maioria dos trabalhadores do município.

O cálculo envolve apenas as categorias do fumo, alimentação e afins, metalúrgicos e calçadistas. Cerca de 90% dos trabalhadores nestes ramos ganham mais do que um salário mínimo e, pela nova reforma, não terão mais direito ao abono do PIS. O mesmo valerá para o salário família, que não está nesta conta cujo valor será ainda maior.

Esta é apenas uma das preocupações levadas ao conhecimento do deputado Heitor Schuch (PSB) pelo comitê sindical destas categorias, formado ainda pelos trabalhadores rurais, durante agenda nesta quinta-feira, 07. O político esteve no sindicato do Fumo, Alimentação e Afins, onde foi recebido pelos dirigentes sindicais do fumo, Rogério Siqueira; dos trabalhadores rurais, Sandra Wagner; dos metalúrgicos, Adolfo da Rosa e dos calçadistas, João Émerson Dutra, que novamente estão unidos para alertarem os trabalhadores das perdas que terão com a Reforma.

PERDAS
As entidades elencaram uma série de cláusulas que entendem como prejudiciais aos trabalhadores locais. “São perdas imediatas no orçamento da família”, alerta o administrador do sindicato do fumo, Ricardo Sehn, chamando atenção para os cortes nos benefícios sociais como PIS e salário família. No caso da aposentadoria, os safristas que trabalham em média quatro meses do ano terão que trabalhar até os 78 anos para se aposentar.
Para o presidente do sindicato do fumo, Rogério Siqueira, a proposta do governo leva ao empobrecimento da população. “Temos que alertar o trabalhador pois essas perdas não estão claras na reforma, ninguém está falando sobre isso”, afirma.

APOIO
O deputado Heitor Schuch garantiu apoio às demandas apresentadas e parabenizou os sindicatos pela mobilização. “O que vi aqui não vi em lugar algum por onde andei. Se em 2017 não fossem os sindicatos a reforma teria passado”, avalia. Para ele, a proposta arruma as contas do governo aumentando receita e diminuindo despesa, tirando benefícios sociais, mas não pensa nas pessoas. “Deixou os militares de fora, que nunca contribuíram. Massacra as mulheres e sugere que pessoas com deficiência vivam com R$ 400. De que jeito?”, critica. Schuch também levará as demandas do grupo a frente parlamentar mista da Reforma da Previdência, formada por deputados e senadores, coordenada pelo senador Paulo Paim.

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