O município está atento para a segunda onda do novo Coronavírus (Covid-19). O movimento já vivenciado pela Europa, onde o aumento de casos, 700 mil em apenas uma semana, levou 31 dos 17 países a imporem novas medidas de restrição, é o caminho natural também no Brasil.
Consequência da reabertura econômica, onde pessoas voltaram a circular e aumentaram a exposição ao vírus, a segunda onda é uma possibilidade já trabalhada pela equipe de saúde do município. “A gente fica muito alerta com o aumento no número de casos e orientações e medidas que forem necessárias tomar de acordo com essa curva que está sendo estudada de semana a semana”, afirma a médica infectologista, Sandra Knudsen.
O movimento chamado de onda é aquele onde existe um grande número de casos ocorrendo ao mesmo tempo numa determinada região. Segundo a especialista, esse momento é o que realmente mais assusta pois há mais internações, mais casos graves e mais casos precisando de cuidados intensivos principalmente em nível de UTI onde reside a principal fragilidade dessa doença.
“Porque são esses pacientes que são graves, que morrem, que precisam de cuidados especializados mais intensivos e que a gente tem que manter um controle pra não chegar naquela situação catastrófica que seria não ter disponibilidade desse leito de UTI, desse leito especializado para um paciente que está necessitando desse cuidado”, explica.
CUIDADOS
Sandra ressalta que o importante é controlar justamente o número desses casos que acontecem ao mesmo tempo e a manutenção dos cuidados individuais é essencial para minimizar essa contaminação em massa. “Por isso que nós temos que manter esses cuidados individuais. A população não pode relaxar no uso da máscara e demais cuidados que já são preconizados”, orienta a médica.
Atualmente, há 1,7 mil casos positivos da doença em Venâncio Aires, até a manhã desta terça-feira, 20. Destes, 1.647 já são considerados recuperados pelas equipes de Vigilância Epidemiológica, segundo boletim Covid-19 divulgado na última sexta-feira, 23.
A equipe monitora também a evolução da doença nos demais municípios, principalmente em nível regional onde há circulação entre intermunicipal. De acordo com Sandra, na região dos Vales os municípios caminham no mesmo ritmo. Já em nível de estado, há diferentes curvas. “A gente vê situações de municípios que foram ter pior momento agora, recentemente, como Santa Maria. Então, municípios que pareciam que pelo número de habitantes e pelo número de casos estavam em uma situação mais confortável, tiveram a onda maior agora recentemente. Tudo isso é acompanhado”, conclui.
