Um sócio de longa data do bom velhinho

Janine Niedermeyer
dezembro24/ 2016

No período de Natal muitos corações se acalmam, seja pela gratidão de reencontrar a família ou compartilhar sonhos e desejos com a figura lendária do Papai Noel. Pelo planeta, inúmeras são as pessoas que dedicam-se a colaborar, ao abraçar causas e assumindo a identidade do bom velhinho.

Um destes ‘sócios’ é Gilmar Miguel Gassen de 55 anos, que já em 1994 deu início a uma jornada sem data pra terminar. “Essa história começou lá em Santa Cruz ainda, quando a minha mãe – Odete Gassen – se vestia de Papai Noel e ela visitava os doentes do Hospital Santa Cruz”, recorda.

Foi em determinado período da vida, que a mãe decidiu que era a hora de passar o ‘bastão’. “Ela pensou que era uma pena que ninguém iria continuar e propôs pra eu seguir esse trabalho e me ofereceu a roupa”, lembra Gilmar, que fi cou de pensar, mas logo no primeiro Natal aceitou o desafio.

Na época, começou junto da família a tradição de se vestir de Papai Noel, em Capão da Canoa. “Foi o primeiro Natal que eu fiz. Pulei a janela pela frente, a Mila (esposa) deu a desculpa que eu tinha saído e voltei como Noel, dei presente pra todos, meu sogro e sogra, cunhados e pro Guilherme (filho), que nem desconfiou. Foi aí que curti essa pequena experiência e comecei a fazer”.

EM VENÂNCIO
Na Capital do Chimarrão, o ponto de partida foi através de um anúncio em jornal, falando sobre a disponibilidade de participar de eventos como o bom velhinho. “O pessoal começou a ligar e já logo no primeiro ano tive agenda cheia para as festas”.

Conforme Gilmar Gassen, hoje já são inúmeras empresas, escolas, associações de bairros que pedem a colaboração. “O próprio trabalho voluntário no Hospital São Sebastião Mártir e no Lar Novo Horizonte, que eu faço desde sempre, principalmente depois que a minha sogra passou a morar lá, aí criamos um vínculo de amizades com o pessoal”.

Além disso, ele comenta que a arrecadação feita em lugares onde cobra em função de custos, busca repassar valores para ajudar outros. Gilmar ainda comenta a nova geração de crianças, de uns 10 anos para cá, que pouco ainda acredita no Papai Noel.

“É difícil, mas a magia e o encanto existe e isso nunca vai deixar de existir. Quando uma criança recebe um presente, ela pode até não acreditar em Papai Noel, porém, receber o presente dele tem outro significado”, conclui Gilmar, que afirma que enquanto tiver saúde sempre manterá vivo o clima natalino.

Foto: Maicon Nieland

Janine Niedermeyer