Temer diz que não é hora de falar em crise, mas em trabalhar

Janine Niedermeyer
maio12/ 2016

No primeiro pronunciamento oficial como presidente interino do país, Michel Temer chamou de “ingrato” o momento político e econômico que o Brasil vive. No entanto, defendeu que agora não é mais hora de se falar em crise, “mas em trabalhar”.

Temer disse que o maior desafio para que a economia brasileira saia da recessão “é parar o processo de queda livre dos investimentos”, sendo necessário para isso construir um ambiente propício para investidores.

“A partir de agora, não podemos mais falar em crise, trabalharemos. […] O nosso lema, que não é o lema de hoje, o nosso lema é ordem e progresso. A expressão da nossa bandeira não poderia ser mais atual, como se hoje tivesse sido redigida”, disse, em discurso no Palácio do Planalto .“O mundo está de olho no país, e havendo condições adequadas, a resposta será rápida”, acrescentou.

O presidente interino declarou que vai incentivar de “maneira significativa” as parcerias público-privadas, por acreditar que esse instrumento tem potencial para geração de empregos. “Sabemos que o Estado não pode tudo fazer, depende da atuação dos setores produtivos, empregadores de um lado, trabalhadores do outro. São esses dois polos que irão criar a nossa prosperidade”, argumentou.

Para Temer, compete ao Estado cuidar de áreas como segurança, saúde e educação, mas ele afirmou que o “restante” será compartilhado com a iniciativa privada.

Novos ministros, na gestão Michel Temer:

Gilberto Kassab – ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações;

Raul Jungmann – ministro da Defesa;

Romero Jucá – ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão;

Geddel Vieira Lima – ministro-chefe da Secretaria de Governo;

Sérgio Etchegoyen – ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional;

Bruno Araújo – ministro das Cidades;

Blairo Maggi – ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

Henrique Meirelles – ministro da Fazenda;

Mendonça Filho – ministro da Educação e Cultura;

Eliseu Padilha – ministro-chefe da Casa Civil;

Osmar Terra – ministro do Desenvolvimento Social e Agrário;

Leonardo Picciani – ministro do Esporte;

Ricardo Barros – ministro da Saúde;

José Sarney Filho – ministro do Meio Ambiente;

Henrique Eduardo Alves – ministro do Turismo;

José Serra – ministro das Relações Exteriores;

Ronaldo Nogueira de Oliveira – ministro do Trabalho;

Alexandre de Moraes – ministro da Justiça e Cidadania;

Mauricio Quintella – ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil;

Marcos Pereira – ministro da Indústria e do Comércio;

Fabiano Augusto Martins Silveira – ministro da Fiscalização, Transparência e Controle (ex-CGU);

Fernando Coelho Filho – ministro de Minas e Energia;

Helder Barbalho – ministro da Integração Nacional;

Agência Brasil – Foto: Valter Campanato

Janine Niedermeyer