Tabaco do Brasil é estratégico para futuro sem fumaça da Philip Morris

Olá Jornal
agosto08/ 2020

O tabaco brasileiro é visto como estratégico pela Philip Morris dentro do seu projeto de Futuro Sem Fumaça, que consiste substituir os cigarros por alternativas sem combustão. A afirmação do diretor de Assuntos Externos da Philip Morris Brasil, Fernando Vieira, aponta a direção ao setor frente a estimativa do fim de alguns mercados de cigarros em 15 anos, anunciada pela companhia a medida que os novos produtos avançam globalmente.

Como segundo maior produtor mundial e maior exportador de tabaco do mundo, posição mantida há 27 anos, o avanço dos novos produtos de tabaco para o Brasil tem importância proporcional à sua relevância. É aqui que a cadeia produtiva está estruturada envolvendo 2,1 milhões de pessoas. Presente em 556 municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com o cultivo em 298 mil hectares, pelas mãos de 150 mil produtores integrados. Uma base formada por aproximadamente 600 mil pessoas no ciclo produtivo no meio rural, somando uma receita anual bruta de R$ 6,28 bilhões.

Para Vieira, a sustentabilidade desse gigante passa pela transformação. “Em relação ao futuro, o que a agente acredita que vai acontecer nesse setor: a questão do nosso produto ser um produto de tabaco, tabaco de alta qualidade, e o produto brasileiro está inserido fortemente nesse contexto, eu acho que vai na direção da sustentabilidade da cadeia”, avalia.

O diretor da multinacional lembra que a empresa vem trabalhando de forma transparente sobre o propósito de substituir os cigarro por alternativas sem combustão. O carro-chefe deste propósito é o sistema de tabaco aquecido eletricamente, IQOS, que utiliza a folha da planta. “Nós estamos falando de um produto de tabaco. Produto de tabaco, que utiliza o tabaco, que utiliza tabaco de qualidade e que utiliza o tabaco brasileiro e, portanto, o Brasil tem uma importância estratégica para a companhia em relação ao futuro nesse aspecto, não há dúvida”, garante.

QUANTIDADE
Em relação a quantidade de tabaco utilizada no novo sistema, Vieira julga esse ponto não ser o mais importante, e sim a qualidade do produto. “Existe muita discussão sobre ter menos tabaco do que o cigarro mas não necessariamente a quantidade é o que importa, é a qualidade, um tabaco que é processado completamente diferente então são coisas bastante diferentes”. Ele reforça que o sistema apresentado pela Philip Morris não utiliza somente a essência de nicotina, que é o caso do cigarro eletrônico, cuja origem pode ser sintética sem a folha.

MERCADO
Após o anúncio de que alguns mercados podem ser extintos em 15 anos, com o avanço dos novos produtos, a multinacional considerou em reportagem ao Olá Jornal, que o fim do mercado de cigarros no Brasil ainda é considerado prematuro. Vieira ressaltou que para que a transição de mercados aconteça, é necessário primeiramente que haja um mercado, o que não é o caso brasileiro.

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