Sobrepeso nas rodovias gaúcha na mira da fiscalização do Daer e EGR

Guilherme Siebeneichler
janeiro13/ 2017

Com dificuldades para garantir boas condições de infraestrutura nas rodovias que administra, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e o Grupamento Rodoviário da Brigada Militar irão montar ofensiva na fiscalização do peso das cargas que circulam pelas rodovias gaúchas. A expectativa é de evitar a deterioração das estradas pela circulação de caminhões com cargas mais pesadas que o permitido.

O Conselho Comunitário de Regiões com Rodovias Peagiadas (Corepe) defendeu a proposta no início de 2015, como forma de melhorar a estrutura de pista. Agora, o governo gaúcho irá anunciar um programa com balanças rodoviárias móveis. Cabe ao Daer fazer este tipo de pesagem e fiscalização. A EGR entrará na parceria objetivando melhorar a estrutura das rodovias, que mesmo após reformas voltam a apresentar problemas. “Lutamos diariamente contra o sobrepeso dos caminhões. Junto com o maior fluxo de veículos, este é o ponto principal para as dificuldades de manutenção das estradas,” destaca o diretor-presidente da estatal, Nelson Lídio Nunes.

PREJUÍZO
Conforme estudo do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), o sobrepeso reduz em 40% a vida útil do asfalto. Tal condição não é percebida instantaneamente, pois os veículos com excesso de peso deterioram o pavimento aos poucos.

O diretor-geral do Daer, Rogério Uberti, confirma a iniciativa e destaca que o governo fará o lançamento do programa ainda em janeiro. O objetivo é de efetuar a compra de balanças móveis e atuar na fiscalização em trechos rodoviários, tanto sob responsabilidade da EGR como do Daer. “O projeto busca ampliar a fiscalização de peso das cargas que estão cruzando as rodovias gaúchas.”

IRREGULAR
Atualmente a fiscalização dos caminhões é feita com base nas notas fiscais. Caso constatada irregularidade, o condutor acaba autuado e o caminhão fica retido até a transferência da carga excedente. Mas a prática compromete a exatidão da fiscalização, visto a facilidade com que notas fiscais podem ser formuladas – peso da carga ser maior do apresentado no documento.

CRÉDITO FOTO: Assessoria de Imprensa DAER

Guilherme Siebeneichler