Sinditabaco: 75 anos de pioneirismo e fortalecimento da cadeia produtiva

Olá Jornal
junho24/ 2022

Há 75 anos, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco) atua com pioneirismo e ineditismo no fortalecimento da cadeia produtiva. Ações relacionadas tanto às legislações como aos negócios foram implementadas muito antes das exigências de mercado. Em tempos de preocupações com questões ESG (sigla em inglês para ambientais, sociais e de governança), o setor tem na bagagem atuação de vanguarda nesses temas.

Uma delas é incentivo ao plantio florestal que iniciou há mais de 40 anos e tornou o setor autossuficiente em lenha, preservando a mata nativa. “A fumicultura foi pioneira com absoluta certeza, dentro daqueles setores que utilizam a floresta como insumo, a ter como método o desmatamento zero. Havia um sentimento sincero das empresas em aumentar a área de terra de rápido crescimento visando a diminuição da pressão sobre as florestas nativas”, afirma o professor doutor do curso de engenharia florestal da Universidade Federal de Santa Maria, (UFSM), Jorge Farias.

Doutor em Engenharia Florestal, Jorge Farias destaca ações de proteção às matas nativas

E não para por aí. A entidade também está preocupada com a rastreabilidade da lenha, mesmo a utilizada de plantios florestais, para garantir que todas as fontes de lenha de florestas sejam de fonte segura, sustentável. “Quer dizer, não basta ter eucalipto na unidade de cura da estufa, é preciso ter certeza que este eucalipto vem de uma área legal, não foi oriundo de uma floresta que foi plantada em uma área de desmatamento”, explica o professor.

Outro exemplo é o Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, realizado há 21 anos, antes da lei sobre logística reversa. Além disso, houve redução na quantidade de agrotóxicos para 1,1 quilo de ingrediente ativo por hectare, colocando o tabaco entre as culturas comerciais que menos utilizam agrotóxicos.

TRABALHO INFANTIL
O combate ao trabalho infantil é uma das principais ações de vanguarda do Sinditabaco. Antes mesmo da instituição do Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), braço da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2002, o setor já atuava desde 1998 com o programa ‘O Futuro é Agora!’ atingindo toda a cadeia produtiva do tabaco.

Procurador aposentado do MPT-RS, Veloir Fürst: combate ao trabalho infantil é motivo de orgulho

Quem acompanhou essa trajetória foi o procurador aposentado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-RS), Veloir Dirceu Fürst, que em 2008 estabeleceu um acordo com o setor intensificando as ações de conscientização.

“Esse compromisso foi muito importante em nível nacional, o RS foi pioneiro. Então hoje o Sinditabaco pode se orgulhar de ter conseguido uma erradicação muito forte no trabalho infantil, tanto que no Censo de 2010 foi reduzido em 56% no setor do tabaco. Na agricultura em geral foi 16%, então só isso já mostra o quanto é importante, e mais, sempre que possível eles ampliaram as obrigações por vontade própria sempre com intuito de buscar a erradicação”, avalia.

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