Sem previsão para o retorno das aulas presenciais na rede municipal

Olá Jornal
outubro02/ 2020

A rede escolar municipal concentra o maior número de estudantes em Venâncio Aires. As escolas de Educação Infantil e de Ensino Fundamental, não têm previsão para o retorno das atividades presenciais, frente a pandemia do novo Coronavírus. Apesar dos cronogramas do Governo Estadual prever a retomada das turmas, a Secretaria Municipal de Educação tem discutido com professores e profissionais de saúde, a data para aulas presenciais. Pelo menos, nos próximos dias as aulas na rede municipal não voltam.

O calendário de retorno dos estudantes às escolas, divulgado pelo governador Eduardo Leite, definiu cinco datas para um retorno gradual e escalonado das atividades em sala de aula. Quatro níveis de ensino já estão autorizados a retomarem as aulas presenciais – Educação Infantil (desde o dia 8 de setembro) e Ensinos Superior, Médio e Técnico (desde o dia 21 de setembro). O próximo grupo a ser autorizado são as escolas da rede pública estadual, que, conforme o governo, irão voltar a partir do dia 13 de outubro. Nas classes do 5º ao 9º ano, só em 28 de outubro. Por fim, nas turmas do 1º ao 4 ano, a volta ao calendário escolar de 2020 só deve ocorrer em 12 de novembro.

De acordo com a secretária municipal de Educação, Alice Theis, na Capital do Chimarrão ainda não há definição para a retomada das atividades presenciais, com o ensino híbrido – dias presenciais e parte online. “Estamos buscando muito diálogo e avaliando todos os pontos. É uma decisão que precisa muita análise e debate com profissionais de saúde e professores. Tudo está em avaliação e com muito cuidado.”

PROTEÇÃO
Mesmo sem definição do retorno das atividades presenciais nas escolas municipais, a Secretaria Municipal de Educação já adquiriu Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) para os trabalhadores da rede pública. Os itens já foram disponibilizados para as unidades escolares, e englobam máscaras, aventais, termômetros digitais e alcool gel.

ESTADO
O Cpers-Sindicato tem encabeçado mobilização contrária ao retorno das aulas na rede estadual. Na última semana a entidade divulgou os dados consolidados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) da última etapa da pesquisa Educação e Pandemia no RS, realizada por meio de uma consulta à comunidade escolar. Conforme o levantamento, 98% dos professores estão trabalhando mais do que prevê o contrato de trabalho durante a pandemia sem receber adicional salarial. O estudo também mostra que 40% dos que responderam o questionário não possuem acesso à Internet com a velocidade e estabilidade adequadas para realizar o trabalho a distância.

Entre as dificuldades comentadas pelos educadores para o ensino no período de pandemia estão a falta de envolvimento/retorno dos alunos (78,8%), a necessidade de responder mães, pais e estudantes fora do horário de trabalho (75,8%), falta de estrutura e equipamentos (52,4%) e falta de orientação e instrução da mantenedora (51,3%).

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