Sábado é dia de ir pra rua lutar contra as reformas

Guilherme Siebeneichler
abril05/ 2017

A população de Venâncio Aires é conclamada para participar da mobilização contra as reformas trabalhista e previdênciária que ocorrerá no sábado, 08. A caminhada inicia às 8h30min em frente a Praça da Bandeira. Os manifestantes seguirão até a rua 15 de Novembro quando ingressarão na Osvaldo Aranha até a Praça Coronel Thomaz Pereira.

O ato é o ponto alto da articulação do grupo que há mais de um mês vem desenvolvendo ações de conscientização dos cidadãos a respeito das propostas do governo Temer. Integram o Comitê os sindicatos da Alimentação, Calçadistas, Metalúrgicos, Servidores Públicos, Construção Civil e Trabalhadores Rurais.

O presidente do sindicato da Alimentação Fumo e Afins, Rogério Siqueira, chama a atenção para a importância da participação das pessoas pois os prejuízos das mudanças será para todos. “Com a reforma da previdência o trabalhador vai morrer trabalhando. Já a trabalhista até tem pontos que precisam ser discutidos mas da forma como está será o fim da conquista de uma série de direitos adquiridos ao longo de muitos anos. Vai nos atingir hoje e gerações para frente”, afirma.

O Comitê está com abaixo-assinado contra as reformas que será enviado às autoridades. O documento pode ser assinado nos sindicatos ou no QG montado no centro, em frente a Igreja Matriz, sempre a partir das quartas-feiras.

VEJA ALGUMAS MUDANÇAS

PREVIDENCIÁRIA:

COMO É

Urbano – fórmula 85/95, soma de idade com tempo de contribuição de 30 anos para mulher e 35 para homem. Em 2025 entra em vigor a fórmula 90/100.
Rural – 60 anos para homens e 55 para mulheres e 15 anos de atividade.

COMO VAI SER

Urbano – idade mínima de 65 anos para todos e no mínimo 25 anos de contribuição. Só terá aposentadoria integral após 49 anos de contribuição.
Rural – 65 anos para homens e mulheres e 25 anos de contribuição.

TRABALHISTA:

COMO É – Todo o empregado que faz hora extra tem direito a receber um adicional de, no mínimo, 50% sobre o valor da hora normal. Os direitos da CLT estão acima dos acordos coletivos. O que vale é o legislado sobre negociado.

COMO VAI SER – Horas extras serão incorporadas à jornada sem pagamento adicional. Não diferencia o que seria horário regular ou extra. Negociações coletivas acima da CLT em 11 pontos. O que vale é o negociado sobre o legislado.

Guilherme Siebeneichler