Venâncio Aires tem no tabaco a sua base econômica. No campo, na cidade e na exportação dessa cultura o município desfruta das riquezas geradas sendo o 8º maior exportador do Rio Grande do Sul e o 70º no Brasil. É a cultura que puxa a indústria com o processamento da produção e gera o maior número de empregos nas fábricas.
Ao lado deste gigante, as demais culturas têm ganhado ainda mais espaço e fazem da Capital Nacional do Chimarrão um município diversificado. Segundo município da América Latina em pequenas propriedades, vem potencializando a inserção de novas culturas ocupando destaque como 3º maior produtor de milho do RS.
Para o prefeito Giovane Wickert, o tabaco é a cultura que tem propiciado a diversificação diferente do que as ONGs antitabagistas têm tentado defender. “É o que mantém os agricultores no campo e como trata-se de uma cultura sazonal é possível complementar ou associar à outras atividades agrícolas. Ao contrário do que muitos pensam, onde há tabaco há mais culturas e menos êxodo rural”, avalia.
DIVERSIFICAÇÃO
Iniciativas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) impulsionaram a diversificação em Venâncio Aires com a produção de olerícolas, por exemplo. A produção de 3,4 mil toneladas garante renda à 180 famílias.
É destaque na produção de aipim sendo o principal fornecedor para a Central Estadual de Abastecimento (CEASA) e o maior em área cultivada do RS (2,1 mil hectares) e demais culturas como erva-mate. São 4,5 mil toneladas de erva-mate pelas mãos de 597 agricultores o que garante posição entre os dez maiores produtores do estado.
Além disso, atividades como a piscicultura (150 toneladas) e a produção de mel (65 toneladas) ocupam importante espaço nas propriedades gerando ainda mais riquezas e colocando o município em destaque novamente, entre os 10 do RS com o maior número de agroindústrias.
A importância do potencial agrícola de Venâncio fez com que o setor ganhasse evento especial, a Agrofeira, realizada no Parque do Chimarrão a cada dois anos.
FUTURO
Todo esse potencial agrícola exigirá cada vez mais do produtor que tem nas mãos uma empresa rural. Assim prevê o gestor do município. “A gestão será fundamental para que o produtor se desenvolva. Investir na gestão da propriedade e na mecanização vai contribuir para a o progresso nas próximas décadas”, afirma Wickert.
