Remessa de medicações do kit intubação dará novo fôlego ao HSSM por até 30 dias

Olá Jornal
abril10/ 2021

A remessa de medicamentos do kit intubação a ser repassada ao Hospital São Sebatião Mártir (HSSM) vai garantir o abastecimento por até 30 dias. A casa de saúde recebeu 2.617 unidades do total de 92.799 frascos de sedativos e bloqueadores neuromusculares distribuídos a 69 hospitais gaúchos nesta terça-feira, 06. A lista dos medicamentos do HSSM é composta por Midazolan 5 10 ml (890 unidades); Midazolan 5 3 ml (40); Rocurônio (562); Atracurio 10 mg 2,5 ml (1 mil) e Atracurio 10 mg 5 ml (125).

Essa nova remessa foi enviada pelo Ministério da Saúde, e os critérios de rateio são de competência da Secretaria da Saúde. A divisão foi realizada com base em um acompanhamento semanal da secretaria junto à rede hospitalar, em que as próprias instituições declaram a quantidade de medicamentos de seus estoques.

O repasse é fundamental para dar continuidade à assistência aos pacientes graves de Covid-19 intubados em leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), em momento crítico de desabastecimento registrado em todo o país. Os medicamentos Atracúrio, Cisatracúrio, Midazolam e Rocurônio fazem parte do kit necessário ao procedimento de ventilação mecânica em pacientes com dificuldades respiratórias.

Segundo o farmacêutico responsável técnico e coordenador de suprimentos do HSSM, Cássio Severo, os medicamentos devem durar em média de 20 a 30 dias, se o consumo se mantiver no patamar atual. “Esse repasse é imprescindível para não afetar nossos atendimentos, uma vez que os laboratórios farmacêuticos ainda não nos deram previsão”, avalia.

Parte das medicações que compõem o kit estão indisponíveis no mercado, não sendo mais possível a aquisição. É o caso do Atracurio e do Cisatracúrio indicados para provocar o relaxamento muscular do paciente.

ALTERNATIVA
A responsabilidade pela compra desses medicamentos é das instituições hospitalares, não fazendo parte da rotina da Assistência Farmacêutica do Estado. No entanto, frente à dificuldade de aquisição no país e ao aumento da demanda desde o ano passado, governo do Estado e Ministério se articularam para comprá-los excepcionalmente e e distribuí-los às instituições com estoques críticos e que prestam atendimento pelo SUS.

A Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul lidera negociação para aquisição de medicamentos importados, liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, a maioria dos hospitais esbarra em documentação necessária para a importação cuja emissão é feira pela Anvisa e pode levar entre 60 e 90 dias. A entidade trabalha na agilização desses documentos.

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