Redução da mortalidade infantil avança, mas ainda é lenta no município e estado

Olá Jornal
agosto08/ 2019

O Rio Grande do Sul caminha para ter uma taxa de mortalidade infantil que se consolide abaixo do coeficiente de dez mortes a cada mil nascidos vivos. O desafio atual na saúde pública é de cuidar melhor da saúde das mães e dos recém-nascidos. Os números ainda preocupam na cidade, já que em 2017 foram registradas 7 mortes de crianças com até um ano ou pós-parto e outras 12 mortes fetais (antes do nascimento).

Já em 2018 foram no total 18 mortes registradas (8 até um ano ou pós-parto e 10 fetais). No primeiro semestre deste ano foram registradas 7 mortes infantis em Venâncio Aires (5 até um ano ou pós-parto e 2 fetais). As informações constam nos relatórios do DataSus, banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) monitorado pela Secretaria Municipal de Saúde. A tendência é de menos casos de mortalidade infantil em 2019, já que historicamente os maiores números são registrados no primeiro semestre.

Na última semana a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, divulgou estudo apontando os números de mortalidade infantil. A metodologia aplicada leva em consideração o número de óbitos para cada mil nascidos. Números preliminares indicam que a taxa de mortalidade infantil no Rio Grande do Sul fechou 2018 em 9,67 casos para cada mil nascimentos, o que se aproxima em muito do coeficiente de 9,50 estabelecido para ser alcançado até o final deste ano. Dados já consolidados de 2017 colocam o Estado com uma mortalidade infantil em números bem mais favoráveis em relação ao cenário nacional: 10,07 casos para cada conjunto de mil nascidos vivos, sempre considerando também os óbitos neonatais (até 28 dias após o parto).

O Brasil conseguiu recuar para 12,39 a taxa em 2017 (era de 12,72 no ano anterior). Quando se considera o cenário da mortalidade na infância (crianças de até cinco anos, portanto mais abrangente), os números do Rio Grande do Sul se mantiveram praticamente estáveis desde 2015. Este é o critério de avaliação sobre algumas das metas fixadas pela ONU através dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS 3). Em 2017, com uma taxa de 11,92, ficava atrás apenas do Paraná (11,79) e de Santa Catarina (11,39), sendo o terceiro Estado com melhor desempenho no Brasil. Estes indicadores mostram que o RS tem boas chances de alcançar a meta que o país se comprometeu a atingir em 2030 (taxa de 8). O que serve de alerta, no entanto, é que o Rio Grande do Sul chegou a ocupar o segundo lugar dois anos antes.

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