Quase 10% das gestantes de Venâncio Aires são adolescentes

Olá Jornal
fevereiro26/ 2022

Segundo dados do Governo do Rio Grande do Sul, Venâncio Aires encerrou 2021 com a proporção de 9,57% do total de nascimentos envolvendo mães adolescentes. O percentual está abaixo da meta de 11,85% estipulada pela Secretaria Estadual de Saúde. Os dados são coletados por meio do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e abrange a faixa etária de 10 a 20 anos.

Em 2021 Venâncio Aires registrou 648 nascimentos, destes, 62 envolveram mães adolescentes. O mês de maio foi o com maior registros do tipo, 11 partos envolvendo adolescentes.

Já no ano anterior, em 2020, foram 767 nascimentos, destes, 59 envolveram adolescentes. Os dados do primeiro ano da pandemia são parciais, já que os sistemas de informação tiveram foco no enfrentamento à Covid-19. Naquele ano a proporção de gravidez em adolescentes foi de 7,69%, quando a meta estadual era de 11,85%.

Desde 2010 os dados de gravidez na adolescência são acompanhados, a partir de informações repassadas pelas prefeituras. No primeiro ano de análise, a proporção anual é de 15,04%, já em 2011 foi de 15,32%. As duas taxas são as maiores apontadas pelo Sinasc ao longo da série histórica. A partir de 2017, os dados estipularam metas estaduais. De lá para cá, Venâncio Aires tem conseguido ficar abaixo dos índices proporcionais aos estipulados pelo Governo Estadual.

PREVENÇÃO
Os adolescentes – indivíduos com idades entre 10 e 20 anos incompletos – representam entre 20% e 30% da população mundial; estima-se que no Brasil essa proporção alcance 23%. Dentre os problemas de saúde nessa faixa etária, a gravidez se sobressai em quase todos os países e, em especial, nos países em desenvolvimento.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gestação nesta fase é uma condição que eleva a prevalência de complicações para a mãe, para o feto e para o recém-nascido, além de agravar problemas socioeconômicos já existentes.

A taxa de gestação na adolescência no Brasil é alta, com 400 mil casos/ano. Diversos fatores concorrem para a gestação na adolescência. No entanto, a desinformação sobre sexualidade e direitos sexuais e reprodutivos é o principal motivo. Questões emocionais, psicossociais e contextuais também contribuem, inclusive para a falta de acesso à proteção social e ao sistema de saúde, englobando o uso inadequado de contraceptivos.

DEBATE
O assunto ganha força no mês de fevereiro. A Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência ocorre de 1º a 08 do segundo mês do ano. A ação está prevista em lei federal (Lei nº 13.798/2.019), e tem o objetivo de disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência.

FOTO: Divulgação/Pixabay

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