Produção de trigo em Venâncio Aires ganha mais área

Olá Jornal
junho14/ 2021

Assim como outras culturas agrícolas ligadas aos grãos, o trigo vem ganhando espaço nos campos gaúchos. Em Venâncio Aires não é diferente, no ano o crescimento na área cultivada com a cultura atingirá 38,4%. Passando de 325 hectares, para 450 hectares cultivados no atual ciclo. Na Capital do Chimarrão, a produção deve atender a demanda interna pelo cereal, especialmente pela qualidade dos grãos, utilizado na panificação, principalmente.

Com isso, a expectativa do escritório local da Emater/AscarRS é de atingir até 65 sacas por hectare produzido. Se confirmada a projeção, que depende das condições climáticas e manejo adequado das lavouras, a safra poderá render até 1,4 mil toneladas no município.

“A expectativa é de contabilizar até 3,3 toneladas por hectare. No município a produção envolve variedades boas, com maior rendimento. Esse resultado depende do clima favorável, sem doenças, com aplicação de adubos e fungicidas na hora certa, com frio no período correto e boas condições na hora da colheita,” explica o engenheiro agrônomo e chefe do escritório local da Emater, Vicente Fin.

CRESCIMENTO
O plantio de trigo no Rio Grande do Sul em 2021 deve superar pela primeira vez em sete anos uma área de milhão de hectares – o que não ocorria desde 2014. De 930 mil hectares em 2020, o Estado tende a plantar 15% a mais, alcançando 1,1 milhão de hectares neste ano. O estímulo para isso vem de todas as frentes, desde demanda crescente para alimentação animal até a maior capacidade financeira do produtor (capitalizado pela soja) para investir nas culturas de inverno no próximo ciclo.

Conforme Fin, a demanda brasileira por trigo é grande e boa parte depende de importação, “A demanda interna é grande. O Rio Grande do Sul está trabalhando em um projeto para estimular essa cultura. Há uma aposta muito grande no trigo, especialmente desta variedade de boa qualidade com grãos, buscando reduzir a importação, possibilitando maior produção no estado,” explica.

AQUECIMENTO
Assim como milho, soja, arroz e feijão, os preços pagos pelo trigo avançaram significativamente nos últimos meses. De uma média de R$ 45,00 a saca, a cotação saltou para próximo de R$ 80,00. De acordo com a Comissão de Culturas de Inverno da Farsul, os produtores de soja estão melhor remunerados e poderão absorver perdas – caso ocorram. O trigo é tradicionalmente mais sensível às intempéries climáticas e, por isso, tem um pouco mais de risco de perdas.

FOTO: Joseani Antunes/Embrapa

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