Primavera deve ter chuva acima da média na maior parte do Rio Grande do Sul

Guilherme Siebeneichler
setembro22/ 2017

A primavera começa nesta sexta-feira às 17h02m, marcando a transição para o verão. A estação, de acordo com meteorologistas da MetSul Meteorologia, vai trazer mudanças importantes por conta de alterações no padrão geral de circulação atmosférica no planeta. O oceano Pacífico, por exemplo, está sob uma condição limítrofe entre neutralidade e a ocorrência do La Niña, que perduraria, ao menos, até o verão.

“As anomalias de temperatura da superfície do mar no Pacífico Central Equatorial tem possíveis impactos no regime de chuva aqui no Estado e na safra de verão que ora começa”, destaca a meteorologista da MetSul Estael Sias.

A primavera deve ter chuva próxima ou acima da média na maior parte na maioria das regiões do Rio Grande do Sul. Episódios de chuva volumosa e intensa no Estado serão muito pontuais e regionalizados, não se esperando a repetição de uma altíssima frequência de dias chuvosos e com altos volumes como de 2015. “À medida que se aproxima o verão cresce a tendência de chuva irregular, o que pode trará riscos para culturas de ciclo precoce”, alerta Estael.

A MetSul destaca que a primavera é o período com maior frequência de tempestades, não raro severas com intensos vendavais e granizo. Inicialmente associados à incursões tardias de ar frio na estação, na segunda metade da primavera, elas decorrerão da combinação de forte calor e umidade.

Como estação de transição para o verão, na primavera aumenta a frequência de dias de calor e diminui os de frio. O começo da estação ainda tem características mais amenas e o final já tem padrão de verão. Os dias de calor aumentam, especialmente entre novembro e dezembro, quando algumas jornadas podem ser muito quentes com possibilidade de ondas de calor.

Inverno fraco

Este foi um dos invernos menos frios da história do Rio Grande do Sul. Chegou a nevar, a temperatura no Estado no dia 19 de julho chegou a 7,8ºC abaixo de zero em São José dos Ausentes, porém os episódios de frio intenso foram muito pontuais e todos os meses da estação tiveram marcas acima a muito acima do normal.

FOTO: Ana Paula Weber

Guilherme Siebeneichler