Prefeitos e deputados discutem oportunidades de negócios na Índia

Guilherme Siebeneichler
novembro10/ 2016

Após a reunião da quarta-feira, 9, com mal-estar entre deputados e o embaixador do Brasil na Índia, Tovar da Silva Nunes, a quinta foi diferente. Parlamentares, gestores municipais, representantes da Afubra, Abifumo, Amprotabaco, Sinditabaco e Federação dos Tarabalhadores na Indústria do Funo, estiveram reunidos na embaixada brasileira em Nova Délhi para prospectar novos mercados para produtos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O encontro foi intermediado pela Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa e os administradores municipais. Nunes apresentou possibilidades de mercados para os produtos brasileiros, com destaque para os fabricados no sul do país. Suínos, conservas, geléias e frutas entram no rol de negócios em solo indiano. Para o mercado de frango, há dificuldades impostas pelo governo, também como forma de proteger a indústria local.

“A Índia tem oportunidades fortes para o Brasil. Cerca de 14% da população local tem potencial de consumo e precisamos encontrar caminhos para os produtos brasileiros,” argumentou o embaixador.

Com uma população de 1,252 bilhão, a classe média tem crescido e procurado produtos de fora do país. A embaixada brasileira está realizando um mapeamento de produtos e serviços do Brasil que podem ser exportados para a Índia.

NOVOS NEGÓCIOS

Nesta sexta-feira, às 14h30min, parte da comitiva de prefeitos e deputados participará de reunião na Federação da Índia de Comércio e Indústria (FICCI). A reunião busca ampliar o contato com empresários e gestores indianos, na tentativa de realizar missões empresariais brasileiras e indianas aos dois países.

COP7

Na reunião outro ponto de debate foi a 7ª Conferência das Partes da Convenção-quadro para o Controle do Tabaco. Após relatarem números da cadeia produtiva, Nunes solicitou aos representantes que ampliem o diálogo no Brasil antes das conferências. “Certamente o setor tem muito a mostrar de medidas para diversificação das lavouras e geração de renda. Isso precisa ser articulado ao longo dos anos e não só durante a COP. Tem uma responsabilidade com a saúde, mas também levamos em consideração a importância econômica dessa cadeia,” destacou.

A COP encerra neste sábado e a expetativa é de que as definições sejam  concluídas ainda nesta sexta-feira, 11. A plenária final da edição deste ano pode ser aberta a imprensa. A medida ainda será discutida após a imprensa global criticar a restrição de acesso ao local da conferência.

 

Guilherme Siebeneichler