Potencialização da indústria necessita de alinhamento de ensino e mercado

Olá Jornal
junho11/ 2020

O fomento, a qualificação e a inovação de empresas já estabelecidas no município assim como a atração de novos investimentos na Capital do Chimarrão estão em pauta no Plano de Recuperação da Economia Pós-Pandemia. Novas perspectivas e a potencialização da indústria para o futuro a curto, médio e longo prazo estiveram em discussão nesta quarta-feira, 10. Na reunião setorial participaram diversos representantes de entidades, como SESC, Senai, Emater, Caciva, da Associação dos Contabilistas, OAB, Rotary, e instituições de ensino como Unisc e IF Sul e também do Executivo.

O Prefeito Giovane Wickert, “Setor público e privado precisa se reinventar. É uma nova realidade. Mas temos que destacar o enorme potencial do nosso setor industrial e mesmo apesar da crise está em constante desenvolvimento. Como do tabaco, que nos eleva no grupo dos dez maiores exportadores do RS; é o segundo polo de refrigeração do estado; o polo de proteína que tem crescido de 20 a 50%, além de outros como calçados, metal mecânico, os arranjos com o associativismo. Hoje fazemos parte da elite dos produtores no estado.” Atualmente o setor industrial é o mais gera mão de obra formal. Atualmente são 14 mil carteiras assinadas no município e mais de 2,5 mil microempreendedores individuais.

Para potencializar e fomentar a cadeia produtiva já consolidada, como o setor fumageiro; assim como as cadeias incipientes – refrigeração, confecções, proteína animal que atualmente representa 10,75% da economia-; o Plano de Recuperação da Economia traz diversas ações como a concessão de incentivos, favorecer o apoio financeiro e de oferta de microcrédito ao empreendedor local; incentivar e fortalecer o associativismo e cooperativismo; Assegurar a competitividade do empreendedor local; facilitar a participação de empreendedores em feiras, congressos e missões empresariais; desenvolver programas de qualificação profissional e aprimoramento técnico; incentivar o registro de marcas, sinais coletivos e certificados de origem; fomentar iniciativas de educação empreendedora.

Visando a atração de novas empresas no município, o foco se volta àquelas ligadas a cadeia industrial já consolidada. Para atrair estes novos investidores serão reforçadas ações que já foram implementadas no Município, como a criação do Fundo de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação (Fundeti); concessões de incentivos através do programa ‘Venâncio Sem Fronteiras’; desburocratização do atendimento à atividade empreendedora a partir do programa ‘Venâncio Empreendedor’. Além disso, entre as ações práticas a curto e médio prazo estão a construção do Centro Vocacional Tecnológico da proteína animal; estruturar a Incubadora tecnológica; licitar a primeira fase de estruturação do Novo Distrito Industrial; e incentivar e debater a instalação do Parque Hidroviário; e criar o primeiro berçário industrial, com capacidade para receber 30 novas empresas; assim como criar o programa ‘Permutar é legal’ que permite a doação em pagamento de impostos mediante permuta de bem ou serviço pelo devedor com execução ajuizada e o programa ‘Recupera Venâncio’ que permite a repactuação de dívidas vencidas até 2019 com isenção total ou parcial de juros e multas e a prorrogação do prazo de pagamento de taxas e impostos.

Qualificação de mão de obra

A partir dos relatos dos participantes da reunião virtual, a qualificação da mão de obra atualmente é a maior demanda nas empresas. Por isso, um melhor alinhamento entre ensino e indústria se faz necessário.

O vice-presidente da Indústria da Caciva, Junior Haas, destacou que “o setor madeireiro emprega muita gente, mas é extremamente carente de qualificação para empreendedores, trabalhadores e produtores rurais. A indústria precisa estar presente para um planejamento. Até porque hoje a contribuição das instituições de ensino é a médio/longo prazo, de cerca de cinco a dez anos até formar um profissional.”

O Chefe do Escritório local da Emater/Ascar-RS, Vicente Finn, acrescentou que “atualmente as instituições não estão em consonância com as necessidades da região, como por exemplo, no setor agrícola, agronegócio.”

A gerente regional do Sebrae, Liane Klein e a gestora Cláudia Kuhn, destacaram a busca por soluções e o estímulo a aproximação entre mercado e ensino. Lembraram ainda do projeto Cidade Empreendedora, cujo Município fechou a parceria recentemente e que vem a agregar nesse sentido. Da mesma forma, a coordenadora da Unisc local, Andréia Haas, ressaltou a reinvenção pedagógica que está sendo realizada na Universidade. E reforçou a implantação da disciplina de Empreendedorismo em todos os cursos. “Da mesma forma como nós temos o compromisso de buscar atender o mercado, é ele que também nos precisa trazer as demandas, os desafios para que se busque a partir da sala de aula as soluções.”

CRÉDITO: Coordenadoria de Comunicação e Marketing PMVA

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