Pesquisa revela que maioria dos produtores de tabaco não querem abandonar a cultura

Guilherme Siebeneichler
dezembro04/ 2016

Os produtores de tabaco têm bom acesso às informações e também a condições satisfatórias para atualização e desenvolvimento da sua atividade. É o que concluiu a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), por meio do Centro de Estudos e Pesquisas em Administração, em estudo com objetivo de investigar o Perfil Socioeconômico do Produtor de Tabaco da Região Sul do Brasil. Encomendada pelo SindiTabaco, a pesquisa foi realizada entre 29 de agosto e 16 de setembro de 2016, em 15 das 21 microregiões produtoras que compõem a Região Sul do Brasil – o que corresponde a 94,3% do total produzido na região.

Entre os dados apurados estão aspectos relacionados a meios de comunicação e entretenimento, condições dos domicílios e posse de bens. O acesso aos itens que compõem esses critérios é o motivo pelo qual é possível afirmar que os fumicultores possuem boas condições de vida, afirma o Coordenador da Pesquisa Prof. Luiz Antonio Slongo.
As casas dos produtores têm a alvenaria como material predominante na construção, com 65% do total.

Praticamente 100% tem televisor a cores sendo que todos os domicílios têm acesso à energia elétrica, via rede geral de distribuição. Quase 89% possui automóvel e cerca de 61% tem motocicleta. O acesso à internet é possível para quase metade dos agricultores, com 47,5%. Já a comunicação por telefone é possível para 94,3% que possuem celular e 14,8% tem telefone fixo residencial.

RESPALDO
Para o professor, esses números aliados ao nível de renda acima da média nacional fazem com que o fumicultor tenha condições de continuar na atividade e ainda ser realizado no que faz. “Verificamos um bom acesso a itens relacionados às condições de conforto, higiene e saúde, respaldado por um bom nível de renda e o nível socioeconômico, que constituía o foco central deste trabalho, se mostrou muito acima ao do brasileiro”. Enquanto 80,4% dos produtores de tabaco enquadram-se nas classes A e B, a média geral brasileira não chega a 22%.

Guilherme Siebeneichler