PDT não vai propor CPI sobre suposta fraude no rotativo envolvendo prefeito e agentes políticos

 Apesar de ter sido cogitada na última sessão da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires a possibilidade de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias realizadas pelo vereador Tiago Quintana (PDT), de que placas de veículos particulares do prefeito Giovane Wickert (PSB) e pessoas próximas a ele teriam recebido ilegalmente a isenção de multas do estacionamento rotativo, o PDT decide por não propor a abertura da CPI. Em reunião do partido realizada na última semana, o grupo avaliou como graves as denúncias, mas optou por confiar nas ações do Ministério Público no caso.

Durante a reunião mensal do PDT, no clube Sete de Setembro, o vereador Tiago Quintana voltou a ressaltar que possui provas contundentes de que veículos particulares de Cargos em Comissão (CCs) da Prefeitura tinham suas multas “apagadas” do sistema rotativo, mesmo após notificação. Segundo o vereador, que prefere proteger suas fontes, entre as provas já entregues ao MP estão documentos, fotografias e gravações telefônicas.

Com a preocupação de não desacreditar o sistema de estacionamento rotativo ou mesmo paralisar os trabalhos da Administração Municipal e da Câmara de Vereadores, o partido definiu por seguir a denúncia na via judicial. “Como a principal função de uma CPI é recolher provas e elaborar relatório para encaminhamento ao Ministério Público, penso que essa parte já está realizada e o MP já possui os documentos necessários à sua investigação”, contribuiu a vereadora Ana Claudia Teixeira.

O presidente do PDT e ex-prefeito, Airton Artus, ressaltou que as CPIs propostas pelos vereadores de oposição durante seus dois mandatos não tiveram resultados práticos, sendo utilizadas como “palco político”. “Nesse caso, prejudicaria o trabalho de todos os funcionários em razão de poucos beneficiados. Essa apuração transparente e com punição aos envolvidos deveria partir do próprio prefeito em exercício”, declarou Airton Artus.

Decididos a não propor a abertura da CPI, o PDT deixou livre sua bancada para apoiar ou não iniciativas deste teor se advindas de outros partidos.

CRÉDITO: Assessoria de Imprensa/PDT

Guilherme Siebeneichler