Para Souza Cruz, contrabando de cigarros “parou de piorar”

Olá Jornal
abril19/ 2018

Com prejuízo nacional de R$ 115 bilhões em 2015, segundo o Fórum Nacional de Combate à Pirataria (FNCP), o contrabando de cigarros no Brasil “parou de piorar”, na visão do presidente da Souza Cruz, Liel Miranda. O termo utilizado pelo empresário busca reconhecer as medidas adotadas pelo governo mas, ao mesmo tempo, chama atenção para os desafios ainda a serem superados no combate ao mercado ilegal.
Um dos pontos favoráveis apontados por Miranda, é a decisão dos governos federal e estadual em não aumentar impostos neste ano, pela primeira vez. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) o cigarro é o quarto na lista de produtos mais tributados do país, com 80,42% de impostos. No Paraguai, a tributação é de 16% o que torna o consumo de cigarros ilegais mais atrativo pois o preço que o consumidor paga pelo produto é menor. “A gente conseguiu parar de piorar, o que dadas às circunstâncias já é um grande sucesso. Eles chegaram a conclusão que a gente estava certo, que continuar aumentando imposto cai a arrecadação, não aumenta”, avalia.

CRIME ORGANIZADO
Para o presidente da Souza Cruz, a consciência de que o contrabando é uma das formas de sustentação do crime organizado também está contribuindo para o combate da ilegalidade. “O fato dos governos terem essa consciência e a vontade de ação é um grande progresso. Isso há uns três anos não era o caso porque diziam que o problema não estava lá e dizia que era problema de sacoleiro, e não é”.
Miranda chama atenção que o dinheiro deixado de arrecadar em impostos poderia ser investido em áreas, como a segurança por exemplo. “É o dinheiro que o governo federal está tentando colocar na área de segurança para resolver o problema do Rio de Janeiro. Então tem uma questão social, política e de segurança que finalmente o governo resolveu se dar conta e priorizar.

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