Pandemia faz crescer pequenos negócios no ramo da alimentação em Venâncio

Olá Jornal
setembro23/ 2020

A crise causada pela pandemia tem aumentado o número de demissões no país e empurrado mais brasileiros para o empreendedorismo. Um dos termômetros que sinalizam esse movimento é o número de pessoas que viraram MEI (Microempreendedor Individual). Entre março, início da quarentena, até metade do mês de setembro, foram criados em Venâncio Aires, 113 novos MEIs.

Com isso, a cidade possui 2.593 registros de microempreendedor ativos atualmente. Se comparado com o ano passado, houve crescimento de 7,23% nestes cadastros, segundo informa a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo.

O crescimento deste número de empreendedores é verificado também em nível nacional. Mas é nos ramos de atuação que os serviços ofertados ganham destaque.

Na Capital do Chimarrão os serviços de comida delivery, doceiras e lanches são os principais abertos no período da pandemia. Outro ramo com destaque é o de pedreiro e serviços gerais. Mas são as pessoas que resolveram empreender em casa, para vender “quentinhas”, ou fabricar bolos e tortas, além de lanches, que ganham destaque na geração de renda de forma mais rápida neste período de baixa no emprego formal. A tendência é de crescimento destes pequenos negócios até o fim do mês.

INFORMALIDADE
Ao sair da informalidade e atuar como microempreendedor individual, o profissional passa a ter alguns direitos. De cara, ele pode começar a emitir notas fiscais por cada serviço prestado.

Essa possibilidade permite que o empreendedor participe de licitações públicas e, no dia a dia, transmita mais credibilidade ao consumidor, que se sente mais seguro ao comprar produtos e serviços de uma empresa que atua legalmente.

Além disso, o MEI pode alugar maquininhas de cartão com condições especiais e ter acesso a empréstimos com juros mais baixos, destinados exclusivamente a essa categoria. Ao ser enquadrado no sistema Simples Nacional, com tributação mais simples e menor do que as médias e grandes empresas, ele não paga tributos federais, como Imposto de Renda, PIS (Programa de Integração Social), Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).

BRASIL
Até julho, 600 mil trabalhadores se tornaram MEIs, um crescimento de 20% em comparação com o mesmo período de 2019, no Brasil. Em paralelo, só no segundo trimestre de 2020, 8,9 milhões de brasileiros perderam o emprego, segundo o IBGE. No estado, até metade de setembro, foi registrado crescimento de 9% nos registros de MEIs.

SUPORTE
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Cláudio Soares, até o fim do ano novos MEIs deverão ser registrados no município, em função da redução de contratações sazonais. “No primeiro semestre Venâncio manteve um bom índice de empregabilidade, com a safra de tabaco na indústria. Neste segundo semestre teremos aumento nas demissões e aumento dos empreendedores,” explica.

Como forma de auxiliar os novos empreendimentos, a Central do Empreendedor, busca facilitar o andamento dos processos de licenças. “Quando envolve alimentação, é necessário o cumprimento de determinações sanitárias. Na central conseguimos orientar estes novos empresários a como adequar os espaços, garantindo as licenças de operação. Uma equipe centralizada busca agilizar o andamento destes documentos, para facilitar as operações dos novos negócios,” conclui.

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