Pais pedem fim da greve no magistério, mas maiores escolas seguem paralisadas

Guilherme Siebeneichler
outubro21/ 2017

Pais de alunos da Escola Estadual Monte das Tabacos se mobilizam para pedir o fim da greve no magistério. O educandário está totalmente paralisado desde o dia 04 de setembro. O grupo participa nesta segunda-feira, 23, da sessão da Câmara de Vereadores, quando ocupam da tribuna livre. Fazem parte membros do Conselho Escolar e da Associação de Pais e Mestres da escola.

A greve ao longo da última semana era mantida em quatro escolas estaduais. Monte, Cônego, Crescer e Adelina Konzen. Pelo menos outras três unidades educacionais estão com paralisação parcial. Conforme a presidente do conselho escolar da escola Monte das Tabacoas, Fabiane Cristina Bergmann, 32 anos, o principal objetivo da mobilização dos familiares é de garantir a conclusão do ano letivo. “Queremos garantir o direito das crianças e adolescentes concluírem o ano, principalmente os jovens do ensino médio.”

Ela afirma que o movimento não é contrário à greve. “Vale para mães, alunos e comunidade em geral que entenda que não somos contrários a greve e os direitos dos professores os quais apoiamos desde o início das paralisações, porém queremos as crianças na escola e garantir o direito a educação,” ressalta Fabiane.

GREVE
A greve não tem previsão de término após 45 dias. O Cpers/Sindicato reivindica o fim dos parcelamentos dos salários pelo Governo do Estado. A Secretaria Estadual da Educação anunciou a criação de comissões nas coordenadorias de educação para realizar a transferência de estudantes de escolas que estão em greve para outras instituições de ensino com atividades normais.

De acordo com o secretário, Ronald Krummenauer, a medida vai atender, principalmente, alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio, considerados os mais prejudicados com a greve. Cada coordenadoria vai criar, a partir desta sexta-feira, uma comissão responsável pelos remanejos. Até a próxima terça-feira, será feito o mapeamento das escolas que podem receber os estudantes.

Representantes do Cpers também estarão na tribuna da Câmara de vereadores na segunda-feira, 23.

Guilherme Siebeneichler