Onde há cultura do tabaco, há melhores índices de bem-estar social

Olá Jornal
fevereiro27/ 2019

Uma pesquisa realizada pela Tendências Consultoria Integrada aponta que comunidades que cultivam tabaco possuem melhores condições de educação, saúde e segurança do que comparado a outras culturas. Os resultados foram obtidos a partir do cruzamento indicadores econômicos e sociais públicos. O nível educacional dos produtores de tabaco, por exemplo, é maior pois 58,5% ingressaram no ensino médio, enquanto entre os demais trabalhadores rurais brasileiros o índice é de apenas 33%.
Conforme o economista Felipe Novaes da Rocha, os dados mostram também menor evasão escolar. “A proporção de alunos matriculados que abandonam o ano letivo é menor nos municípios onde o cultivo de tabaco tem alta importância, dando evidências de que a frequência dos alunos na escola nesses municípios tende a ser maior”, afirma.
Em relação à segurança, a pesquisa mostrou menor taxa de homicídios nos municípios onde o tabaco representa mais de 50% da renda agrícola. Em 2016, o índice de homicídios foi de 4,2 por 100 mil habitantes nos municípios produtores de tabaco, enquanto o índice geral do Brasil foi de 29,7 por 100 mil. “E, comparando com outros municípios, onde o tabaco é menos relevante, existe diferença, apontando para uma realidade mais favorável onde a presença do tabaco é mais elevada”, explica Rocha.
Em relação à saúde, a pesquisa mostrou que em 2016 o índice de óbitos de crianças de 0 a 4 anos nos municípios de alta especialização em tabaco foi de 0,6 por mil nascidos vivos, enquanto que o índice geral do Brasil foi de 2,9 por mil.

RELEVÂNCIA
Para o presidente do Sinditabacom, Iro Schunke, o estudo comprovou, mais uma vez, a relevância do setor do tabaco para além dos grandes números de exportação e de geração de impostos. Ele destaca que as conclusões da pesquisa espelham a realidade proporcionada pela cadeia produtiva, que é grande geradora de empregos e renda, com mais de 600 mil pessoas envolvidas na produção no meio rural, 40 mil empregos nas indústrias e o recolhimento de quase R$ 14 bilhões em impostos por ano. “Por isso, esperamos que os poderes instituídos reconheçam o tabaco pela sua importância no agronegócio regional e brasileiro e que haja apoio para a continuidade e crescimento do setor”, afirma.
Para a elaboração do estudo, os pesquisadores dividiram os municípios produtores em três grupos de acordo com o grau de especialização na produção: o primeiro, composto das cidades altamente especializadas (tabaco responsável por mais de 60% da produção agrícola); o segundo, formado pela faixa intermediária (participação entre 30% e 60%); e o terceiro, de especialização não voltada para o tabaco (participação inferior a 30%).

Olá Jornal